Lucro do Safra fica estável no primeiro semestre do ano

01.08.2013

SÃO PAULO – O banco Safra, sétima maior instituição financeira do País em ativos, anunciou na última quarta-feira que obteve um lucro líquido de R$ 598,5 milhões no primeiro semestre deste ano, resultado ligeiramente superior aos R$ 597 milhões obtidos pela empresa no mesmo período de 2012. A carteira de crédito do banco, incluindo operações de […]

SÃO PAULO – O banco Safra, sétima maior instituição financeira do País em ativos, anunciou na última quarta-feira que obteve um lucro líquido de R$ 598,5 milhões no primeiro semestre deste ano, resultado ligeiramente superior aos R$ 597 milhões obtidos pela empresa no mesmo período de 2012.

A carteira de crédito do banco, incluindo operações de avais e fianças, apresentou crescimento de 4,9%, fechando o semestre em um total de R$ 59,9 bilhões, ante R$ 57,1 bilhões em igual período do ano passado. O baixo crescimento, em comparação com a expansão do resto do mercado, faz parte de uma estratégia do banco que prefere manter a qualidade da carteira em detrimento de uma expansão mais acelerada que propicia maiores lucros, mas com riscos mais elevados.

Tal política se reflete na composição de carteira de crédito do banco, onde 94,4% dos créditos são classificados nos níveis de risco AA, A e B, os mais elevados segundo parâmetros do Banco Central (BC). "O banco, fiel ao seu conservadorismo na concessão de crédito, manteve a qualidade de sua carteira, encerrando o semestre com índice de atraso acima de 90 dias em 1,6%, menor inadimplência entre os bancos que atuam no mercado brasileiro", afirmou o banco, por meio de nota divulgada a imprensa.

Apesar da boa composição da carteira de crédito e do baixo nível de inadimplência, o banco apresentou aumento nas despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD). No primeiro semestre do ano, o total foi de R$ 457,5 milhões, mais de R$ 50 milhões acima dos R$ 405,9 milhões obtidos pelo banco nos primeiros seis meses do ano passado.
Outro item que pesou no balanço do Safra foi a queda nas receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias. No primeiro semestre deste ano, o banco totalizou uma receita de R$ 334,8 milhões, queda de R$ 16 milhões frente ao resultado obtido em igual período do ano passado.

O patrimônio líquido do banco apresentou alta de 11,1%, passando de R$ 6,3 bilhões no primeiro semestre do ano passado para R$ 7,1 bilhões nos primeiros seis meses deste ano. O total de ativos do Safra foi outro índice que apresentou variação positiva no semestre com alta expressiva de 47,5%, totalizando ao final de junho R$ 131,1 bilhões.

No primeiro semestre, o Safra conseguiu alongar o prazo das suas captações por meio da emissão de letras financeiras junto a clientes institucionais. Esse instrumento cresceu 54,1% em junho ante um ano, para R$ 12,3 bilhões. O saldo de captações, livres de compulsório, foi a R$ 62,277 bilhões, crescimento de 6,6%, na mesma base de comparação.
Apesar disso, o índice de eficiência operacional, que mede a relação entre as despesas e as receitas do banco, apresentou crescimento de 1 ponto percentual (pp) passando de 38,9% no primeiro semestre de 2012 para 39,9% em igual período de 2013.

O banco subiu de 24º para 20º, segundo ranking de distribuição de renda variável divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Para o professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), Mário Amigo, esse crescimento pode apontar que algumas instituições estão buscando novas formas de garantir lucro frente a queda no spread bancário e a queda nos juros, que mesmo com a recente subida permanecem em níveis baixos na comparação com a série histórica do País.

"Bancos como o Safra podem estar olhando para o mercado de renda variável como um nicho importante para impulsionar sua rentabilidade", afirmou.

No informe enviado a imprensa, o banco lembrou ainda que outro fato importante para a instituição no primeiro semestre foi a abertura de uma nova agência do banco em Luxemburgo. Segundo a instituição, o foco do trabalho no País será "o apoio às operações de comércio exterior de empresas brasileiras".

O índice de Basileia, que mede quanto o banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, encerrou os primeiros seis meses do ano em 14,9%. O mínimo exigido pelo BC é de 11% .

Fonte: Caio Zinet – DCI 

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