No 16º dia de greve, bancários da base da Feeb SP/MS fecham 1.802 agências

04.10.2013

Nesta sexta-feira, 4, 16º dia da greve nacional dos bancários –dia em que a Fenaban voltou pra mesa de negociação mas apresentou proposta insuficiente– os sindicatos filiados à Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul paralisaram 1.802 agências. O número de postos de trabalho fechados na base foi o maior desde […]

Nesta sexta-feira, 4, 16º dia da greve nacional dos bancários –dia em que a Fenaban voltou pra mesa de negociação mas apresentou proposta insuficiente– os sindicatos filiados à Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul paralisaram 1.802 agências.

O número de postos de trabalho fechados na base foi o maior desde que as paralisações tiveram início no dia 19 de setembro. “Desde que a greve começou as adesões só têm aumentado. Acreditamos que após a nova proposta da Fenaban de aumento real de apenas 7,1%, mesmo os bancos tendo lucros bilionários, a participação do trabalhador na greve só irá aumentar. A proposta pode ser melhor. A luta continua”, afirma o representante da Federação no Comando Nacional, Cido Roveroni.

Após a Fenaban apresentar a proposta, o Comando se reuniu e orienta as assembleias que serão realizadas na próxima segunda ou terça a rejeitarem a proposta. Leia aqui

A nova proposta dos bancos

Reajuste: 7,1% (0,97% de aumento real).

Pisos: Reajuste de 7,5% (ganho real de 1,34%).

– Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.138,38.

– Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.632,93.

– Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.209,01 (que inclui R$ 391,13 de gratificação de caixa e R$ 184,95 de outras verbas).

PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.011,76.

PLR parcela adicional: 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste).

Auxílio-refeição: de R$ 21,46 para R$ 22,98 por dia.

Cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 394,04.

13ª cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 394,04.

Auxílio-creche/babá: de R$ 306,21 para R$ 327,95 (para filhos até 71 meses). E de R$ 261,95 para R$ 280,55.

Adiantamento emergencial – Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

Adoecimento de bancários – Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.

Inovações tecnológicas – Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.

As principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação).

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
 

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