Por Carolina Mandl | De São Paulo
Valor Econômico
Mais animado com o Brasil, o BNP Paribas acelerou no crédito ao longo do ano passado ao fechar mais operações para multinacionais europeias com presença no país.
O estoque de empréstimos da subsidiária brasileira do maior banco da França encerrou 2013 em R$ 1,9 bilhão, com crescimento de 17,9% na comparação com o ano retrasado.
Essa cifra leva em consideração apenas as operações classificadas como crédito pelo Banco Central. Na média, os bancos de capital estrangeiro tiveram uma expansão de 9% no saldo de empréstimos no ano passado.
"Passamos de um modo passivo a um esforço ativo", diz Louis Bazire, chefe do BNP Paribas para a América Latina. "Houve uma decisão da matriz de explorar mais sua base brasileira."
Com a determinação do BNP Paribas de incrementar as operações da subsidiária, a totalidade do lucro da unidade vai ser reinvestida na própria operação. O banco encerrou 2013 com R$ 187,7 milhões de resultado, valor idêntico ao do ano anterior.
O resultado de 2013 mostrou que a expansão do crédito não foi suficiente para trazer maiores ganhos para o BNP Paribas. O banco viu a receita de prestação de serviços encolher 21,5%, para R$ 173,2 milhões. Também teve maiores despesas com provisão para contingências e fianças.
Para este ano, Bazire prevê que o avanço no crédito manterá o mesmo ritmo alcançado em 2013. Em meio a um cenário pouco animador para a atividade econômica neste ano, o executivo diz que o objetivo do BNP Paribas é conquistar fatias de mercado dos concorrentes.
A aposta na subsidiária brasileira chega em um momento em que o BNP Paribas teve de provisionar US$ 1,1 bilhão por conta de uma revisão de pagamentos a terceiros relacionados a sanções econômicas feitas pelos EUA. O lucro de 2013 do banco caiu 26%, para € 4,83 bilhões. Ao mesmo tempo, o BNP acelerou investimento e aquisições na Bélgica e na Polônia.
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