Itaú, Bradesco e Santander fecham mais de 22 mil postos de trabalho em 27 meses

29.05.2014

Jairo Gimenez – Seeb Campinas Os três maiores bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander) fecharam 22.454 postos de trabalho entre dezembro de 2011 e março de 2014, segundo estudo apresentado hoje (29) pela técnica do Dieese, Regina Camargos, durante palestra sobre Tendência do Emprego Bancário no primeiro dia da Conferência Interestadual, organizada pela […]

Jairo Gimenez – Seeb Campinas

Crédito: Júlio César Costa Os três maiores bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander) fecharam 22.454 postos de trabalho entre dezembro de 2011 e março de 2014, segundo estudo apresentado hoje (29) pela técnica do Dieese, Regina Camargos, durante palestra sobre Tendência do Emprego Bancário no primeiro dia da Conferência Interestadual, organizada pela Federação dos Bancários de SP e MS em Itanhaém. Já os dois maiores bancos públicos (Caixa Federal e Banco do Brasil), segundo a técnica do Dieese, estão na contramão dos privados, porém em ritmos diferentes. Enquanto a Caixa Federal mantém a política de contratação, o BB estagnou; demitiu 1.637 funcionários no período citado acima (12/11 a 03/14) e parou de contratar.

Ao analisar essa opção adotada pelos dois bancos públicos, que difere dos privados, Regina Camargos disse que a Caixa Federal e o BB sustentam a concessão de créditos. “Hoje, esses dois bancos públicos respondem por quase 50% dos créditos de toda a economia brasileira. Sem isso, o país estaria parado”.

Campeões de fechamento de postos de trabalho

Dezembro de 2011 a março de 2014
Itaú: 11.402 postos de trabalho fechados.
Santander: 5.913 postos de trabalho fechados.
Bradesco: 5.139 postos de trabalho fechados.

Mais fechamentos de postos de trabalho

Crédito: Júlio César Costa A técnica do Dieese aponta quatro fatores que podem resultar em mais fechamento de postos de trabalho dentro do sistema financeiro, que passa por nova reestruturação. 1. Terceirização; 2. Correspondente Bancário; 3. Canais Eeletrônicos de atendimento (autoatendimento e internet); 4. Novas Tecnologias de Pagamento (mobile bank, via celular).

No que se refere à terceirização, Regina Camargos citou um fato novo: no último dia 19, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu discutir recurso da empresa Celulose Nipo Brasileira (Cinebra). O relator é o ministro Luiz Fux. O STF irá definir o conceito de atividade-fim. O recurso da Cenibra questiona decisão da Justiça do Trabalho que, em Ação Civil Pública ingressada pelo Ministério Público e pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas de Guanhães e Região, condenou a empresa a se abster de contratar terceiros para sua atividade-fim. Além desse fato novo, a técnica do Dieese lembrou que o Projeto de Lei (PL) 4330/2004 está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), da Câmara dos Deputados. No momento, o debate sobre o PL 4330, que pretende legalizar qualquer tipo de terceirização, está parado. E só não foi aprovado como está proposto porque o movimento sindical reagiu em tempo, pressionou e realizou uma série de atos em praças públicas e no Congresso, especificamente na CCJC, no final do primeiro semestre e durante todo o segundo semestre de 2013.

Quanto ao correspondente bancário, Regina Camargos destacou o crescimento exponencial desse tipo de empresa financeira, que precariza o atendimento e as condições de trabalho. E mais: é porta de entrada da terceirização. Na última década cresceu 1011%. Em 2003, existiam 36.474 CBs; em 2013, 405.248 CBs. Já o crescimento de agências foi tímido; apenas 35%. Em 2003, existiam 16.829 agências; em 2013, 22.740 agências.

Para a técnica do Dieese, o processo de fechamento de postos de trabalho no sistema financeiro não está encerrado. “Nos próximos cinco ou seis, a redução de postos de trabalho será lenta e gradual, em conta-gotas. Em alguns bancos a mão será mais pesada, caso do Santander e HSBC”.

 

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