Sob pressão do Sindicato de Campinas, Itaú fecha duas agências de negócios e realoca funcionários

10.02.2015

Pressionado pelas paralisações coordenadas pelo Sindicato e ações na Justiça, o Itaú fechou recentemente as agências de negócios Botafogo (Avenida Barão de Itapura) e Fórum (Avenida Francisco Glicério), em Campinas, e realocou os funcionários. Anunciadas como ‘um novo modelo de atendimento’, as agências de negócios se destacavam pelo flagrante desrespeito à legislação municipal e federal. […]

Pressionado pelas paralisações coordenadas pelo Sindicato e ações na Justiça, o Itaú fechou recentemente as agências de negócios Botafogo (Avenida Barão de Itapura) e Fórum (Avenida Francisco Glicério), em Campinas, e realocou os funcionários. Anunciadas como ‘um novo modelo de atendimento’, as agências de negócios se destacavam pelo flagrante desrespeito à legislação municipal e federal. O Banco das famílias Setúbal, Vilella e Salles simplesmente determinou a retirada das portas de segurança com dispositivo detector de metais (obrigatórias por lei municipal) e desativou o serviço de vigilância, previsto na lei federal nº 7.102/1983.

Diante de total insegurança, o Sindicato deflagrou luta logo após as agências se transformarem numa verdadeira butique de serviços e penduricalhos bancários. No dia 13 de maio do ano passado, os bancários da agência de negócios Botafogo cruzaram os braços; no dia 19 do mesmo mês de maio foi a vez da agência de negócios Fórum, em Campinas, e Bernardino de Campos em Itapira. Paralelamente à luta, o Sindicato ingressou ações na Justiça. Apesar de tentar reverter a situação na chamada fase das liminares emitidas pela Justiça em favor da tese do Sindicato, o Itaú foi duramente derrotado no dia 21 de agosto do ano passado. Nesse dia, a juíza Roberta Confetti Gatsios Amstalden, da 4ª Vara do Trabalho de Campinas, condenou o Banco a instalar portas giratórias e manter o serviço de vigilantes em duas agências instaladas em Campinas (Botafogo e Fórum) e uma em Itapira (Bernardino de Campos). Além de julgar procedente a ação ingressada pelo Sindicato, a juíza da 4ª Vara do Trabalho de Campinas proibiu o Itaú de expor seus funcionários em “agências, postos de atendimento ou quaisquer outros estabelecimentos sem porta giratória com detector de metais e também sem a presença de vigilante armado”. Essa decisão, diga-se de passagem, vale para toda a base do Sindicato, que envolve Campinas e 36 cidades.

Da decisão da juíza da 4º Vara do Trabalho até o início deste ano, as citadas agências de negócios em Campinas permaneceram com os serviços paralisados. Após a decisão do Itaú em fechar as duas unidades em Campinas – a de Itapira (Bernardino de Campos) foi fechada no ano passado -, a batalha agora se restringe à Justiça. Para o vice-presidente do Sindicato, Mauri Sérgio, a decisão do Itaú em desistir de abrir agências de negócios em Campinas mostra que toda a argumentação do Sindicato estava e está correta. “A luta em duas frentes (local de trabalho e Justiça) foi vitoriosa. Acabou a insegurança naquelas duas agências de negócios, mas os postos de trabalho permaneceram. Aliás, é inaceitável a justificativa do Itaú. É verdade que não existia manipulação de dinheiro em espécie por parte do bancário caixa, até porque o Banco eliminou essa função. Porém, existe dinheiro nos caixas eletrônicos. E mais: a lei federal determina que todo estabelecimento financeiro deve ter serviço de vigilância. Em resumo, a categoria, em especial os bancários do Itaú, venceu a batalha por mais segurança”.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Campinas e Região

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