Os Sindicatos de Bancários, a Federação de SP e MS (Feeb SP MS) e a Contraf se reuniram nesta terça-feira, 29, a primeira vez no país, com o presidente mundial do Santander, Emílio Botín, em São Paulo. A Feeb SP MS foi representada por seu diretor José Cristiano Meibach que é funcionário do banco.
Ao mesmo tempo em que os sindicatos reconheceram a melhoria das relações com o banco, apontaram que a política de metas nas agências ainda é a principal queixa dos trabalhadores brasileiros, e que associada à enorme carência de funcionários, tem sido a razão de constantes conflitos no ambiente de trabalho e provocado problemas de saúde. Enfatizaram que no Brasil o funcionário é demitido quando não atinge metas, diferentemente dos trabalhadores espanhóis.
“A solução para o problema apontado pelas entidades sindicais ao presidente Botín é a adoção de metas coletivas e qualitativas, nas quais o funcionário pratica um atendimento humano e fideliza os clientes”, destacou Cristiano Meibach.
“Por outro lado, Botín afirmou que considera as metas como necessárias, tanto individual como coletivas, e os executivos brasileiros reconheceram que mudanças foram e serão feitas para melhorar a política de metas", relatou Cristiano.
Terceirizações
Os Sindicatos apontaram que a terceirização é uma política que vem crescendo no banco e que há desencontros e falta de informações sobre o assunto até mesmo para as empresas do próprio grupo – Isban, Geoban e Global Facilities.
Em resposta, o executivo responsável pelo Brasil no Santander, o espanhol Marcial Portela, disse que a criação das empresas se trata de uma política do grupo a e que no Brasil são apenas "estudos" e que não há data ou decisão a respeito.
Banespa
Os sindicalistas listaram os passivos do pessoal do antigo Banespa, como: problemas com reajustes do pessoal de antes de 1975, déficit do plano do pessoal pós-75, serviço passado do plano II do Banesprev, quitação da ação das gratificações semestrais e dinamização da Cabesp. Mostrando desconhecer a situação dos "jubilados" (aposentados) do Banespa, Botín disse que iria discutir com seus pares a situação atual.
Acordo Marco Global
O presidente do Santander ouviu também as reivindicações dos brasileiros para a assinatura de um Acordo Marco Global, por meio do qual o banco adotaria premissas comuns para os trabalhadores dos diversos países onde atua. O executivo foi relutante e, embora tenha afirmado que poderia conversar mais a respeito, afirmou que tem por ora uma política de tratar cada país conforme suas características. Foi reivindicado a Botín que conheça melhor a proposta antes de fechar questão.
Botín propôs a realização de uma nova reunião num prazo de dois meses, para repassar os assuntos tratados.
Feeb SP MS com Contraf
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