211 locais de trabalho fechados
A greve dos bancários dos setores público e privado permanece forte e ampliou hoje (8), terceiro dia, fechando 211 locais de trabalho, sendo 112 em Campinas e 99 em 32 das 37 cidades da base do Sindicato. E continua nesta sexta-feira, dia 9.
Deflagrada após rejeição da proposta indecente da Fenaban, a greve ontem (7), segundo dia, envolveu bancários em 192 locais de trabalho (agências e departamentos): 103 em Campinas e 89 em 32 cidades da base; no primeiro dia (6), 159 locais de trabalho: 90 em Campinas e 69 em 30 cidades.No país, ontem (7) a greve atingiu 8.763 agências e centros administrativos; no primeiro dia, foram fechadas 6.251 agências, segundo balanço divulgado pela Contraf-CUT.
Em Campinas e Região a greve envolve bancários do Banco do Brasil, Caixa Federal, Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Safra, Losango e Citibank. Cabe destacar que a greve atinge setores importantes dos Bancos; entre eles, os prédios do BB no Bonfim (CSO, Gepes, CSL, PSO, entre outros departamentos) e Costa Aguiar (Gecex, entre outros departamentos), Caixa Federal Centro/Glicério, Empresariais 2 e 3 do Itaú Moraes Salles e Costa Aguiar, prédio central do Bradesco (Câmbio, Empresas, Plataforma. entre outros departamentos) e Santander Centro (Imobiliário, Câmbio, Plataforma PJ, entre outros departamentos).
Bancos lucram com a crise e propõem reajuste salarial abaixo da inflação
Após cinco rodadas de negociação, a Fenaban insultou a categoria bancária no último dia 25 de setembro ao propor reajuste de 5,5%, que sequer repõe a inflação dos últimos dozes meses, acumulada em 9,88%, e abono de R$ 2.500,00. Reunidos em assembleia no último dia 1º, os bancários rejeitaram a proposta e aprovaram deflagração de greve a partir do último dia 6 por tempo indeterminado. “Os Bancos reúnem todas as condições para atender as reivindicações dos bancários. No primeiro semestre deste ano, os cinco maiores Bancos registraram lucro líquido de R$ 36,3 bilhões. E mais: lucram com a atual crise econômica vivida pelo país. De janeiro a julho deste ano, por exemplo, os mesmos cinco maiores Bancos ganharam R$ 109,6 bilhões com receitas de títulos, crescimento de 59% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, retiram recursos da população através de taxas de juros astronômicas e tarifa abusivas”, avalia o presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região e integrante do Comando Nacional dos Bancários, Jeferson Boava. Só para ilustrar, as taxas de juros do cartão de crédito atingiram 403,5% ao ano; as taxas de cheque especial estão em 253,2%.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Campinas e Região
Foto: Júlio César Costa
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