Em Campinas, Federação realiza encontro preparatório e elege prioridades para encontros de Bancos Públicos e Privados

21.05.2016

123 dirigentes sindicais participaram neste sábado (21), do Encontro Regional de Bancos Públicos e Privados, promovido pela Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS), na sede do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, na cidade que dá nome ao sindicato. Funcionários dos bancos Bradesco, Itaú Unibanco, BB e CEF […]

123 dirigentes sindicais participaram neste sábado (21), do Encontro Regional de Bancos Públicos e Privados, promovido pela Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS), na sede do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, na cidade que dá nome ao sindicato.

Funcionários dos bancos Bradesco, Itaú Unibanco, BB e CEF participaram do encontro que teve como ponto de partida, as análises do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) sobre os resultados financeiros dos bancos no primeiro trimestre deste ano e também discutiu temas como, metas abusivas, previdência complementar, plano de saúde, abuso da aplicação de demissões por justa causa, entre outros assuntos.

A reunião é uma preparação ao Encontro Nacional dos Bancos Privados que acontece entre os dias 07 e 08 de junho e também, para o 27• Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB) e do 32• CONECEF (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal), que acontecerá este ano entre os dias 17 e 19 de junho.

Na reunião da Caixa Econômica, o responsável pela mesa, Carlos Augusto, o Pipoca, destacou o trabalho ativo da Chapa 5, na Funcef, “fizemos um grande trabalho de mobilização e esperamos acompanhar de perto o trabalho dos novos conselheiros” e também o cenário difícil que os trabalhadores bancários enfrentarão durante a campanha salarial deste ano. “A campanha deste ano será difícil tanto devido à transição de governo, quanto, ao cenário econômico de real diminuição do lucro do sistema bancário”, avalia.

Já na mesa do Bradesco, o represente da Federação na Comissão de Organização dos Empregados (COE Bradesco), Lourival Rodrigues explica que a estratégia aplicada pelos dirigentes este ano, além da discussão ponto a ponta da minuta de reivindicações especificas dos funcionários do banco foi a escolha de três pontos como bandeiras, que são assuntos que dialogam com os bancários de todas as instituições financeiras, focando na luta por objetivos bem específicos”.

Plano de saúde – “O Sindicato de Campinas ganhou uma ação neste sentido, mas o que queremos é que o direito seja concedido também para quem sair do banco”, diz. “Os outros pontos são: auxílio educação, “importante para os bancários mais jovens, principalmente pelo fato da graduação ser um investimento de alto custo” e a questão envolvendo a promoção, bastante recorrente no Bradesco: o trabalhador é promovido, porém, não passa a receber imediatamente por esta promoção e em muitos casos, a remuneração devida demora muito a chegar. Nos debruçaremos sobre esta questão, pontua Rodrigues.

 Na do Itaú Unibanco, os dirigentes também optaram por eleger eixos para as reivindicações, e as discussões ocorreram em torno do AGIR, política de metas do banco, que têm batido recordes de reclamações dos trabalhadores ao desconsiderar a pontuação alcançada pelo bancário em caso de transferência de agência; das metas coletivas abusivas – que não são redimensionadas caso alguém da equipe saia de férias, “assim, menos gente continua responsável por atingir a mesma meta, seu percentual não diminui”, explica Marcelo Abrahão, um dos responsáveis pela mesa. Também o descredenciamento de profissionais, comprometendo a qualidade do atendimento do plano de saúde aos bancários do Itaú Unibanco foi um dos assuntos escolhidos para serem cobrados dos banqueiros e a aplicação indiscriminada de demissões por justa causa.

Os dirigentes detectaram que a instituição financeira tem usado da artimanha de utilizar qualquer motivo para demissão por justa causa. Além de prevenir os trabalhadores, os representantes irão cobrar explicações do banco. Por último, outra questão importante a ser tratada é o deslocamento de gestantes. “De acordo com reclamações recebidas, as gestantes têm sido forçadas a viajar com grande frequência para fora de suas bases, outra questão que precisará ser averiguada”, finaliza Marcelo.

Banco do Brasil

De acordo com o vice-presidente da FEEB-SP/MS e representante da entidade no CEBB (Comissão de Empregados do Banco do Brasil), Jeferson Boava, as discussões que foram realizadas hoje refletem as prioridades dos trabalhadores do banco público.

“No encontro do BB, reafirmamos o entendimento de que o Banco do Brasil deve ser fortalecido como banco público e ser agente do desenvolvimento, com financiamento do setor produtivo e gerador de emprego. Bem como, discutimos entre nossas prioridades: a preocupação com as constantes reestruturações que vem ocorrendo, impactando o conjunto do funcionalismo, o avanço dos escritórios de negócios , dentro outras questões envolvendo saúde, previdência, remuneração e condições de trabalho”, conclui Boava.

Durante o encontro, os dirigentes aprovaram um conjunto de resoluções para discussão no 27º congresso dos funcionários, que após sistematização serão divulgadas, assim como, os eixos prioritários aprovados pelos delegados nos encontros específicos de cada banco.

Mercantil do Brasil e HSBC

Nesta terça-feira (24), a Federação realizará em sua sede, em São Paulo, os encontros específicos dos Bancos Mercantil do Brasil e HSBC. 
 

 

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