Dia Nacional de Luta exige CEF 100% pública, contratações e proteção contra retirada dos direitos

04.08.2016

Sindicatos filiados à Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) realizaram nesta quarta-feira (03), mobilizações em agências da Caixa Econômica Federal em suas respectivas bases, unindo-se a entidades sindicais de todo o país pelo Dia Nacional de Luta, em defesa da CEF 100% Pública, por mais contratações e contra a […]

Sindicatos filiados à Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) realizaram nesta quarta-feira (03), mobilizações em agências da Caixa Econômica Federal em suas respectivas bases, unindo-se a entidades sindicais de todo o país pelo Dia Nacional de Luta, em defesa da CEF 100% Pública, por mais contratações e contra a retirada de direitos. Houve retardamento na abertura de agências, distribuição de carta aberta denunciando os desmandos que vêm ocorrendo na condução do banco público e ato público de conscientização à população.

Confira como foi a mobilização na base da Federação

Campinas

Empregados da Caixa Federal paralisam serviços contra RH 184 e extinção de caixa

Os empregados de 10 unidades Caixa Federal em Campinas, Americana, Mogi Guaçu, Sumaré e Valinhos paralisaram os serviços contra a RH 184 e extinção da função de caixa e pela manutenção do adicional de insalubridade para os avaliadores de penhor. O protesto atrasou a abertura das unidades em uma hora. Em Campinas, a paralisação envolveu os empregados das unidades Centro, Largo do Rosário, Conceição, Moraes Sales, Avenida Brasil e Amoreiras; na região, uma unidade em cada cidade. Vários empregados usaram roupas e acessórios de cor preta em protesto contra as recentes medidas adotadas pela Caixa Federal, que resultaram em insatisfação e temor. O protesto cabe registrar, contou com a participação das associações de gestores e da Federação Nacional de Agecefs.

RH 184: A nova versão do RH traz diversos retrocessos para os empregados. Além de extinguir a Função Gratificada de Caixa, acaba com a incorporação do citado benefício após 10 anos de exercício, criando o instrumento “Dispensa Motivada”, em que o empregado pode ser destituído da sua função sem processo disciplinar por decisão do seu gestor imediato e sem direito a incorporar a remuneração. Esse direito garantido pela CLT só será aplicado com a autorização da Diretoria da Caixa. Como disse o diretor do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região Gabriel Musso, “na prática, estas medidas extinguem a incorporação da Função Gratificada, criando um rito sumário para a punição de empregados sem direito de ampla defesa. Além de ilegal, é imoral!”.
Insalubridade: No dia 5 de julho último a Caixa Federal anunciou que iria cortar o pagamento do adicional de insalubridade para os avaliadores de penhor a partir daquele mês. Uma semana depois, em reunião com os sindicatos no dia 12, a Caixa Federal recuou e concordou em manter apenas em julho; mais uma semana, novo recuo: o adicional será pago por 90 dias (até setembro).

Fim do caixa: A Caixa Federal extinguiu a função de caixa; ou seja, quem está fica e, a partir de agora, nenhum empregado será designado para a função.
Avaliação: Para o diretor do Sindicato, Gabriel Musso, o Dia de Luta destacou três recentes maldades aplicadas pela diretoria da Caixa Federal e se transformou no pontapé inicial da Campanha 2016.

Guaratinguetá

O Sindicato dos Bancários de Guaratinguetá e Região aderiu ao Dia Nacional de Luta, realizando mobilizações nas agências da CEF de Guaratinguetá e Lorena.

Marília

Na base do Sindicato dos Bancários de Marília e Região, a mobilização contou com a adesão de quase todas as agências.
Piracicaba

O Sindicato dos Bancários (SindBan) retardou em 1h a abertura da agência, em frente à praça José Bonifácio, em Piracicaba, para protestar contra a retirada de direitos e a manutenção do caráter público e social, além de reivindicar a retomada das contratações.

Para dialogar com a população, foi entregue carta aberta para explicar o que tem ocorrido com a categoria – sobrecarga de trabalho, assédio moral, cobrança por metas abusivas, extinção da função Caixa, fechamento de agência e ameaça de desemprego.

“O sistema financeiro é o que mais cresce nesse país. De janeiro a maio deste ano, os maiores bancos brasileiros fecharam mais de cinco mil postos de trabalho. Neste mesmo período, a Caixa extinguiu 1326 postos e não repõe os funcionários”, ressalta o diretor do sindicato, Ubiratan Campos do Amaral.
Outro ponto da mobilização é a retirada de direitos, como exemplifica o dirigente. “O banco informou que deixaria de pagar o adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor, que trabalham com produtos químicos; tomou a decisão de criar a figura do caixa minuto, isto é, deslocar outro empregado para a atividade ao invés de nomear novos caixas.”

Ubiratan explica que o ato também cobra respeito da direção do banco, em relação às mudanças na política de incorporação da função de confiança. “Quando havia a perda do cargo por iniciativa da empresa, o funcionário tinha o direito de incorporar o salário. A retirada desse direito implica, subjetivamente, na submissão do empregado, porque o banco pode usar isso para pressioná-lo a cumprir metas abusivas ou coibir participação em movimento por direitos. Por isso a importância do envolvimento de todos, para que não tenhamos retrocesso.”

CAIXA – Os bancários se mobilizaram ainda contra a possibilidade de privatização da Caixa. “Queremos manter a Caixa como uma instituição 100% pública. A política do governo interino é a de privatizar tudo o que é público. Em suas primeiras declarações, o atual gestor da Caixa, Gilberto Occhi, falou sobre a privatização de alguns setores do banco, como Loteria, Cartão de Crédito e Seguros. Sabemos que isso seria o início da perda do cunho público e social do banco,” diz a presidenta em exercício do SindBan, Angela Ulices Savian.

Ponta Porã

Em Ponta Porã (MS), a mobilização pelo Dia Nacional de Luta pela manutenção da CEF 100% Pública, contratações e contra a retirada de direitos, promovida pelo Sindicato dos Bancários de Ponta Porã e Região contou com a adesão de 100% das agências e chamou a atenção para a situação dos empregados do banco que possuem carga de trabalho cada dia maior e efetivo de trabalhadores cada vez menor, graças aos sucessivos cortes e extinção de cargos.

Fonte: Seeb Campinas – Jairo Gimenez, Seeb Guaratinguetá, Seeb Marília, Seeb Piracicaba  – Mariana Valadares e Seeb Ponta-Porã


 

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