Comando rejeita corte de PLR de gestante e afastado

22.08.2018

Comando rejeita corte de PLR de gestante e afastado, proposto pela Fenaban. Nova rodada dia 23      O Comando Nacional dos Bancários rejeitou as propostas de cortar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de gestantes e afastados para tratamento de saúde e aumento real de salários de apenas 0,5%, apresentadas pela Fenaban nesta terça-feira […]

Comando rejeita corte de PLR de gestante e afastado,
proposto pela Fenaban. Nova rodada dia 23

     O Comando Nacional dos Bancários rejeitou as propostas de cortar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de gestantes e afastados para tratamento de saúde e aumento real de salários de apenas 0,5%, apresentadas pela Fenaban nesta terça-feira (21), durante a oitava rodada de negociação para renovar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Reunidos desde às 14h, e diante de redação confusa de várias cláusulas propostas pelos bancos, o Comando e a Fenaban decidiram suspender a rodada e retomar a negociação nesta quinta-feira (23), a partir das 10h.
     O Comando reafirmou em mesa que o processo de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) deve ser concluído nesta semana. A pauta de reivindicações foi entregue à Fenaban no dia 13 de junho. A data-base dos bancários é 1º de setembro e a atual CCT vale até o dia 31 deste mês de agosto.
     Para o secretário-geral da Federação dos Bancários de SP e MS, Reginaldo Breda, que participou da oitava rodada de negociação, “a categoria deve intensificar a mobilização e mostrar aos bancos que paciência tem limite”.

Balanço

     Os bancários dos setores públicos e privados, reunidos em assembleia no último dia 8, rejeitaram a proposta (incompleta) da Fenaban apresentada na sexta rodada de negociação realizada na véspera (7). Apesar de assumir compromisso durante a quinta rodada (1º de agosto) em apresentar uma proposta completa, a Fenaban ofereceu apenas reajuste dos salários e verbas (PLR, vales, etc.) com base na inflação acumulada no período de setembro de 2017 a agosto deste ano (3,82%, índice estimado), sem aumento real. E na sétima rodada (17), a Fenaban também não apresentou sua proposta completa.
     Em rodadas anteriores, a Fenaban não aceitou assinar o termo de pré-acordo (garantir a validade da atual CCT durante o processo de negociação), e não avançou em pontos referentes à saúde, apenas em segurança. A Fenaban reafirmou concordância em alterar a cláusula 33ª da CCT, estendendo aos bancários vítimas do crime extorsão mediante sequestro a mesma proteção garantida às vítimas de sequestro consumado. Quanto aos novos tipos de contratos previstos na legislação trabalhista (terceirizado, intermitente e temporário), em vigor desde novembro do ano passado, a Fenaban negou a aplicação; porém, não concorda em incluir a proibição na CCT. Os bancos, no entanto, manifestaram disposição em analisar proposta de CCT para todos os bancários, independente da remuneração ou escolaridade, incluindo os hipersuficientes (trabalhador com salário superior ao dobro do teto do benefício previdenciário, com curso superior completo), invenção da citada legislação trabalhista.

Lucratividade em alta

     Os bancos reúnem todas as condições para atender as reivindicações da categoria. Em 2017, os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Federal) lucraram, juntos, R$ 77,4 bilhões. Um crescimento médio de 33,5%. No primeiro trimestre deste ano, os citados cinco maiores bancos lucraram R$ 20,6 bilhões; uma alta de 20,4% em comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

Reginaldo Breda
Secretário Geral

Jeferson Rubens Boava
Presidente

Foto: Contraf

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