O Comando Nacional dos Bancários, que representa os sindicatos de trabalhadores, e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reuniram nesta sexta-feira (14 de agosto), por videoconferência, para negociar as cláusulas sociais e econômicas da nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT); a atual perde validade no próximo dia 31.
Entre as propostas apresentadas pelo Comando nesta quinta rodada de negociação, estão a reposição da inflação registrada entre os meses de setembro e 2019 e agosto deste ano, mais 5% de aumento real. Bancários reivindicam ainda, o aumento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), dos vales alimentação, refeição e auxílios creche/babá. E mais: Plano de Cargos e Salários, suspensão da terceirização, comissão bipartite para discutir as mudanças tecnológicas, isenção de tarifas para os bancários, e indenização adicional para coibir demissões imotivadas.
Os bancos assumiram compromisso de apresentar as respostas às reivindicações na sexta rodada de negociação programada para o dia 18 (terça-feira).
Opinião
Para o representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Lourival Rodrigues, “a Fenaban culpou a pandemia pela queda na lucratividade. Os sindicatos desmontaram esse argumento, mostrando que os lucros permanecem altos e a redução foi em decorrência do aumento da PDD (provisão para possíveis calotes)”.
A Campanha entra numa fase decisiva; a data-base é 1º de setembro. “O momento exige mobilização, envolvimento da categoria. Portanto, é fundamental participar dos tuitaços, postar mensagens nas redes sociais. Mostrar insatisfação contra o discurso dos bancos, que só querem reduzir direitos e postos de trabalho”, reforça Lourival.
De acordo com o presidente da Feeb SP MS, Jeferson Boava, os Bancos tem atuado numa lógica de supressão de conquistas. "Os argumentos tem sido de que os bancos estão perdendo mercado para os fintechs e cooperativas, que as mudanças tecnológicas tem que ser observadas e alguns artigos da CCT trazem insegurança jurídica para os bancos. Nosso papel é continuar na linha de frente da defesa do bancário e da bancária e na luta por nenhum direito a menos", destaca.
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