Manifestação no Bradesco Centro marca Dia de Luta em Campinas

09.10.2020

O Sindicato dos Bancários de Campinas e Região realizou na manhã desta terça-feira, 14 de setembro, Dia Nacional de Luta, manifestação em frente à agência centro do Bradesco em Campinas. Após informar a população sobre a campanha da categoria, o presidente do sindicato, Jeferson Boava, fez um balanço do processo de negociação com a Fenaban […]

O Sindicato dos Bancários de Campinas e Região realizou na manhã desta terça-feira, 14 de setembro, Dia Nacional de Luta, manifestação em frente à agência centro do Bradesco em Campinas. Após informar a população sobre a campanha da categoria, o presidente do sindicato, Jeferson Boava, fez um balanço do processo de negociação com a Fenaban e conclamou os bancários do Bradesco a aderirem à mobilização nacional. “Chegou a hora de pressionar os banqueiros, exigir melhores condições de trabalho e remuneração, principalmente no Bradesco que paga salários inferiores ao praticado no mercado e em várias funções”. O Dia foi marcado ainda com distribuição de carta aberta elaborada pela Contraf CUT, intitulada “Queremos 11% de reajuste, PLR maior e valorização dos pisos salariais”, distribuição da Revista dos Bancários, e reuniões no prédio do Bradesco, onde trabalham mais de 450 bancários.
 
Amanhã, quarta rodada
Nesta quarta-feira, 15, começa a quarta rodada de negociação entre o Comando Nacional e a Fenaban, que se estende até quinta-feira, dia 16. Em pauta, remuneração e previdência complementar. Entre outras reivindicações, reajuste de 11% (inflação mais aumento real), PLR de três salários mais R$ 4 mil para cada funcionário, piso salarial no valor do salário do Dieese (R$ 2.156,88) e auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá em valores correspondentes ao salário mínimo de R$ 510,00 (cada benefício).
 
Mobização é preciso
Para que a Fenaban mude o seu discurso na mesa de negociação – após três rodadas a única resposta foi “não” – é preciso mobilização, organizar a luta em cada local de trabalho. “Os bancos se recusam a discutir o combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, fim das terceirizações e do correspondente bancário, e mais contratações. Porém, para quebrar essa intransigência é fundamental o envolvimento da categoria na luta”. E conclui: “sem pressão estamos fadados a engolir o que disse o diretor de Relações de Trabalho da Fenaban, Magnus Apostólico, em entrevista o jornal o Globo, no último dia 10”. Indagado sobre a proposta de reajuste dos bancários, o representante dos bancos afirmou que aumento de 11% é inviável. “Essa proposta não tem viabilidade diante de uma inflação próxima de 4%. Temos que trazer esse número para a realidade”, vaticinou Magnus. Só para ilustrar, o INPC/IBGE acumulado nos últimos doze meses é de 4,29%; e, no primeiro semestre deste ano, os cinco maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco Caixa Federal e Santander) abocanharam a estratosférica cifra de R$ 21,3 bilhões. Um crescimento de 38,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
 
Sindicato e delegados sindicais
organizam campanha na Caixa
Além da manifestação na porta do Bradesco centro, o sindicato realiza nesta quarta-feira, em Campinas, seminário com os delegados sindicais da Caixa Federal. Na pauta, a Campanha Nacional dos Bancários, com destaque ao processo de negociação da pauta específica.

BB e Caixa Federal
Nesta sexta-feira, dia 17, o Comando volta a negociar a pauta específica com o Banco do Brasil e Caixa Federal.
 
 
 
Jairo Gimenez
Assessoria de Imprensa
Sindicato dos Bancários de Campinas e Região

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