Mídia destaca levantamento solicitado pela Fenae sobre lucros da Caixa, que desmente Bolsonaro

20.05.2021

Portal FENAE Um levantamento solicitado pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), que contradiz a afirmação de Bolsonaro sobre lucros da Caixa durante o seu governo, foi destaque na mídia nesta segunda-feira (17). Em um evento em Alagoas, no dia 12 de maio, Bolsonaro informou, ao lado do presidente da […]

Portal FENAE

Um levantamento solicitado pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), que contradiz a afirmação de Bolsonaro sobre lucros da Caixa durante o seu governo, foi destaque na mídia nesta segunda-feira (17).

Em um evento em Alagoas, no dia 12 de maio, Bolsonaro informou, ao lado do presidente da Caixa, que o banco público tem obtido lucros em seu governo; já nos de Lula e Dilma, teve prejuízos. O levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) desmente. Em valores atualizados, a Caixa registra lucros desde 2003.

De 2003 a 2010, durante os governos de Lula, a Caixa contabilizou lucro líquido acumulado de R$ 39,5 bilhões. Com Dilma, de 2011 a 2016, o lucro foi de R$ 51 bilhões. Já no Governo Temer, em 2017 e 2018, caiu para R$ 25, 4 bilhões.

Em 2019 e 2020, com Bolsonaro, o lucro acumulado foi de R$ 35,1 bilhões. No entanto, o jornal O Dia destaca que a venda de ativos da estatal inflou este valor. “O resultado de 2019, por exemplo, foi fortemente influenciado pela venda de Notas do Tesouro Nacional (NTN-B) e de ações da Petrobras”, explicou o economista do Dieese, Sérgio Lisboa, ao jornal.

O jornal IG destacou o posicionamento do diretor de Formação da Fenae, Jair Ferreira. Ele avaliou que os lucros obtidos durante a presidência de Bolsonaro não é nenhuma atividade atípica da gestão, mas de diminuição do banco a partir da venda de ativos e da redução do papel social da Caixa. “Não foi a atividade bancária que gerou os resultados em 2019 e 2020”, disse Jair Ferreira. “[o resultado] Não mostra que a empresa está se expandindo e gerando empregos; mas, sim, que está se desfazendo de ativos fundamentais”.

A Revista Fórum e o Jornal GGN também repercutiram o estudo solicitado pela Fenae. Aos veículos, o presidente da Federação, Sergio Takemoto, ressaltou o enfraquecimento da Caixa na gestão de Bolsonaro e a intenção de privatizar outras áreas lucrativas do banco que são essenciais para a manutenção dos programas sociais.

“Estão entregando para o mercado um patrimônio que deveria ser mantido nas mãos do país, dos brasileiros, em benefício principalmente à população mais carente, que sempre teve a Caixa como o banco da habitação, da infraestrutura, da saúde, do crédito popular e do financiamento estudantil”, informou Takemoto.

Em um post no Twitter, o perfil do ex-presidente Lula também citou os dados solicitados pela Fenae. “Mais um mito da fantástica fábrica de mentiras do Bolsonaro que cai”, publicou.

Notícias Relacionadas

Caixa: Contraf-CUT cobra dados sobre Saúde Caixa

Acordo Coletivo do plano de saúde das empregadas e empregados prevê o repasse trimestral de informações sobre o plano A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, na sexta-feira (26), um ofício à Caixa Econômica Federal cobrando o fornecimento dos dados primários do Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados […]

Leia mais

Previ: apoiada pelo movimento sindical, Chapa 1 vence eleições

Grupo recebeu o apoio de entidades associativas e que defendem o sistema de paridade na gestão da Previ, com representantes dos funcionários nos conselhos e diretorias Com 51,77% dos votos, a Chapa 1, “Previ para os Associados”, venceu as Eleições Previ que, neste ano, definiu os ocupantes para o Conselho Diretor, Conselho Fiscal e Diretoria […]

Leia mais

Trabalhadores conquistam vitória: governo revoga CGPAR 42 após mobilização

Contraf-CUT e Fenae integraram a comissão de representação dos trabalhadores das estatais para revogar a medida. Novo texto substituto aumentou para 70% do total a despesa das empresas com planos de saúde Após intensa pressão das entidades representativas dos trabalhadores das estatais, o governo revogou a resolução 42 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e […]

Leia mais

Sindicatos filiados