No dia 29 de Janeiro de 2004, 27 travestis, mulheres transexuais e homens trans, participaram, no Congresso Nacional, em Brasília, do lançamento da Campanha “Travesti e Respeito”, do Departamento de DST, AIDS e Hepatites do Ministério da Saúde. Algo inédito com o objetivo de conscientização e promoção do respeito e da cidadania. De lá para cá, a data é lembrada pela conquista.
Num contexto histórico-social, infelizmente, os travestis e transexuais são tratados com exclusão pela sociedade, sofrendo com a associação deturpada à prostituição e à criminalidade pela população por diversas vezes.
Com frequência,temos notícias de agressões, estupros e assassinatos das trans e principalmente das travestis e, na maioria dos casos, sem nenhum direito de defesa.
O cenário inclui, ainda, um governo atual onde o descaso e a incitação ao ódio faz com que toda essa violência aumente a cada dia.
De acordo com a ANTRA – Associação Nacional de Travesti e Transexuais. o Brasil é o país com maior índice de assassinato de trans e travesti do mundo, seguido por México e Estados Unidos.
O índice é muito elevado e não temos uma ação concreta para combater toda essa violência que aumenta em todo país.
Eles precisam lutar pela vida, para inserção no mercado de trabalho, por políticas públicas de saúde, contra a violência e pelo próprio reconhecimento da sua existência na sociedade.
Quando se fala no mundo do trabalho, fica maior a invisibilidade dessa população e não é diferente no sistema financeiro.
Apesar de nossa categoria ser referência na luta sobre a questão da diversidade, é preciso avançar ainda mais nesse debate.
Defesas e conquistas do movimento
Em 2009 conquistamos a mesa Igualdades de Oportunidades, temos cláusulas específicas para casais homoafetivos em união estável com os mesmos direitos dos casais heterossexuais, temos a realização de programas de valorização da diversidade e a manutenção dessa mesa com calendário definitivo, mas sobre esse tema ainda temos muito a fazer.
O projeto de lei 122 – Combate a Homofobia está arquivado, é preciso criar um novo projeto em defesa dessa população, existem grupos conservadores no congresso e no senado que não querem essa pauta.
É preciso um trabalho muito forte para que seja aprovada um projeto de combate a homofobia, com o objetivo de erradicar a discriminação, fortalecer o debate em defesa da vida, da preservação das leis e da punição aos que agridem e discriminam a população LGBT+.
A história de vida das pessoas TRANS e TRAVESTIS é marcada por lutas cotidianas contra o preconceito, contra a violência pelos seus direitos e o reconhecimento de sua identidade.
Angela Savian
Vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e representa a Feeb na mesa de Igualdade de Oportunidades.
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