As suspeitas originaram a partir de condutas de favorecimento de estados da base governista e da paralisia de empréstimos aos liderados por opositores
O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga se o Banco do Brasil está cometendo ingerência política na concessão de empréstimos para estados e municípios. A apuração foi instaurada a pedido do subprocurador-geral do Ministério Público, Lucas Rocha Furtado.
As suspeitas começaram a partir de condutas do próprio banco em suspender operações de crédito para os estados de Alagoas e Bahia. Vale lembrar que o estado é governado por Renan Filho (MDB), filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que foi relator da CPI da Covid-19 e disputa protagonismo político no estado com o atual presidente da Câmara e aliado de Bolsonaro no Congresso, Arthur Lira (PP-AL). Após ter R$ 770 milhões de empréstimo abandonado sem maiores justificativas, o estado recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a concessão do valor.
Na Bahia, a mesma situação ocorreu com a operação de crédito de R$ 228 milhões também paralisada. O estado é liderado pelo petista Rui Costa e não chegou a entrar com recurso no STF, mas iniciou movimento de cobrança por “tratamento isonômico” entre os entes federativos.
A investigação está sob responsabilidade da Secex Finanças (Secretaria de Controle Externo do Sistema Financeiro Nacional) do tribunal.
Opinião
Os jornais Folha de S.Paulo e O Globo também divulgaram reportagens apontando que, além de prejudicar estados liderados pela oposição, o BB estaria favorecendo os que são comandados por políticos que compõe a base parlamentar do governo federal no Congresso. Em 2021, por exemplo, dos R$ 5,35 bilhões emprestados pelo banco aos entes federativos, dois terços foram pagos para governos ou partidos que apoiam a gestão bolsonarista.
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