Medida fere os direitos do trabalhador e sindicatos repudiam
O movimento sindical repudia a atitude tomada na última semana pela instituição Economus, que sem negociação informou aos beneficiários sobre o encerramento do Fundo Economus de Assistência Social (Feas).
De acordo com a instituição, o encerramento do plano se dará no dia 08 de abril de 2022, com cobertura suspensa no dia seguinte, dia 09. A cobertura assistencial será mantida aos beneficiários internados em regime hospitalar ou domiciliar, até a alta médica.
A decisão foi repudiada pelo movimento sindical, que lembra que a atitude fere os acordos coletivos assinados em 2018 e 2020, que previam a implementação de mesas de negociação. “A medida é desrespeitosa e a falta de negociação fere os direitos do trabalhador, uma vez que a mesa de incorporados está prevista nos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT)”, destaca Elisa Ferreira, representante da Feeb SP/MS. Para a representante, o descaso por parte do banco para com os trabalhadores chega a uma situação limite com a extinção do Novo Feas, plano de saúde dos aposentados beneficiários do Economus.
Plano
Os planos Feas são custeados com base na renda do titular, sem observar faixas etárias e a quantidade de pessoas no grupo familiar. Já o novo plano traz características de mercado, não conta com contribuição do banco, é cobrado de acordo com a faixa etária, com precificação individual e custo elevado.
Com relação aos casos de beneficiários que litigam judicialmente questões relacionadas ao plano Novo Feas, a instituição informou que comunicará o encerramento do plano nos autos de cada processo.
Após o anúncio da suspensão foi colocado à disposição dos aposentados, o plano Economus Futuro como alternativa de migração.
“O problema é que o plano oferecido é custeado com base na remuneração per capita e por faixa etária, o que torna o produto com características de mercado, reajustado trimestralmente e inviável, sem condições de ser mantido pelo trabalhador, deixando-o desta forma, totalmente descoberto de uma assistência de saúde”, explica Elisa.
Previ e Cassi para todos
Ao longo da história, a reivindicação da representação dos trabalhadores é para que incorporados pelo BB, como é o caso dos oriundos do Banco Nossa Caixa (BNC), tenham direito a ingressar na Previ e Cassi. Porém, os direitos dos incorporados foram negligenciados, mesmo o banco assinando em 2018 e 2020 acordos coletivos de trabalho que previam a implementação das mesas de negociação.
“A luta por acesso à saúde a todos continua. É sempre válido lembrar que quando o Banco do Brasil incorporou trabalhadores do Banco Nossa Caixa (BNC), assumiu a responsabilidade sobre a questão, portanto nossa luta desde então é para que todos tenham direito a ingressar na Previ e Cassi”, lembra Elisa.
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