Pelo oitavo ano seguido, os bancos brasileiros registraram rentabilidade maior que os americanos, segundo levantamento da consultoria Economatica.
A consultoria analisa, desde 1999, a rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) dos bancos de capital aberto do Brasil e dos EUA.
"O aquecimento do mercado brasileiro, com a maior concessão de crédito no país, permitiu esse desempenho positivo dos bancos do país", diz Einar Rivero, sócio e gerente de relacionamento institucional e comercial da consultoria Economatica.
No ano passado, a ROE dos bancos dos EUA subiu pelo segundo ano seguido e chegou a 7,63%. Em 2009, caiu ao menor patamar registrado no período analisado, 2,81%.
Os bancos brasileiros fecharam 2011 com ROE de 13,97%. O resultado representou queda de 1,6 ponto percentual ante 2010. Com o desempenho do ano passado, foi interrompida a sequência de alta dos bancos brasileiros mantida desde 2008.
"As diversas crises que castigaram os bancos nos EUA não atingiram o mercado brasileiro. E aqui os juros altos trazem ganhos superiores aos das instituições norte-americanas", diz Rivero.
Para Miguel José Roberto, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), outras fontes de receita são os ganhos com títulos públicos e a cobrança de tarifas.
"Não é à toa que o governo está fazendo pressão para o spread [diferença entre o custo de captação de dinheiro para os bancos e quanto cobram na ponta para o consumidor] bancário cair. Nem é à toa que Banco do Brasil e Caixa anunciaram reduções fortes de suas taxas de juros", diz o executivo.
OUTROS SETORES
Outro estudo divulgado pela consultoria mostra que o setor bancário foi o que teve maior lucro líquido em 2011, se comparado ao de empresas de capital aberto de outros 22 setores. Nessa comparação são excluídos os resultados da Vale e da Petrobras.
De acordo com o levantamento, os 25 bancos brasileiros de capital aberto acumularam lucro de R$ 49,4 bilhões. O resultado representa crescimento de 14,48% em relação a 2010.
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