Pesquisa mostra que 80% deixariam banco que fechasse agências

06.12.2020

Mesmo com o avanço do uso da Internet nas transações bancárias, as agências físicas ainda são valorizadas pelos clientes e devem continuar com peso relevante nas operações dos bancos. Uma pesquisa da Cisco divulgada ontem mostra que 80% dos entrevistados abandonariam seu banco caso as agências fossem fechadas. "A agência bancária ganha um novo papel. […]

Mesmo com o avanço do uso da Internet nas transações bancárias, as agências físicas ainda são valorizadas pelos clientes e devem continuar com peso relevante nas operações dos bancos. Uma pesquisa da Cisco divulgada ontem mostra que 80% dos entrevistados abandonariam seu banco caso as agências fossem fechadas. "A agência bancária ganha um novo papel. Vai ser o elo de integração entre os canais [virtual e físico]", afirmou o diretor de Estratégia da Cisco do Brasil, Paulo Abreu.

O levantamento mostra que 92% dos entrevistados no Brasil disseram que gostariam que as agências bancárias oferecessem mais serviços financeiros e de assessoria. A Internet vem sendo cada vez mais usada para transações bancárias, mas sobretudo para operações mais simples, como pagamento de contas, consultas de extrato e saldo.

Segundo a pesquisa, 82% dos brasileiros preferem usar a Internet para essas finalidades. "Mesmo com as pessoas mais confiantes e íntimas da tecnologia, elas ainda buscam as agencias na hora de fechar uma operação mais complexa, como um empréstimo", afirmou o executivo.

O número de pessoas que usam a Internet para fazer serviços bancários no Brasil (82%) é, aliás, superior ao de países desenvolvidos (77%) e outros mercados emergentes (70%). Em nível global, o levantamento mostrou que os clientes rejeitam a ideia de agências muito automatizadas.

Em palestra no congresso da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para discutir tecnologia bancária, o Ciab, o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, foi questionado pelos especialistas se as agências bancárias poderiam desaparecer no futuro próximo. Setubal descartou essa hipótese e ressaltou que o atendimento em pontos físicos vai continuar com espaço relevante nas operações bancárias, ainda que com estrutura mais enxuta.

A pesquisa da Cisco referenda a avaliação de Setubal e mostra que 81% das pessoas de países emergentes (e 56% nos desenvolvidos) preferem entrar em uma agência bancária para receber atendimento personalizado e assessoria financeira.

A pesquisa ouviu 5,3 mil consumidores de produtos bancários em cinco países desenvolvidos (Canadá, França, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido) e emergentes (Brasil, China e México).

Fonte: DCI

Notícias Relacionadas

Previ: apoiada pelo movimento sindical, Chapa 1 vence eleições

Grupo recebeu o apoio de entidades associativas e que defendem o sistema de paridade na gestão da Previ, com representantes dos funcionários nos conselhos e diretorias Com 51,77% dos votos, a Chapa 1, “Previ para os Associados”, venceu as Eleições Previ que, neste ano, definiu os ocupantes para o Conselho Diretor, Conselho Fiscal e Diretoria […]

Leia mais

Trabalhadores conquistam vitória: governo revoga CGPAR 42 após mobilização

Contraf-CUT e Fenae integraram a comissão de representação dos trabalhadores das estatais para revogar a medida. Novo texto substituto aumentou para 70% do total a despesa das empresas com planos de saúde Após intensa pressão das entidades representativas dos trabalhadores das estatais, o governo revogou a resolução 42 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e […]

Leia mais

BB: trabalhadores exigem fim das distorções que prejudicam encarreiramento e remuneração

Movimento sindical cobrou redução de metas e respostas às distorções causadas pelo Performa, que prejudicou remunerações e resultou em acúmulo de funções A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com representantes do BB na tarde desta quarta-feira (24) para exigir resoluções às distorções provocadas no encarreiramento dos trabalhadores desde […]

Leia mais

Sindicatos filiados