Trabalhadores do ramo financeiro abriram nesta sexta-feira (04), a 25ª edição da Conferência Nacional. Neste ano, o evento traz como tema “Brasil Democrático, Sempre”. O grito em defesa a democracia foi repetido por centenas de trabalhadores do ramo financeiro, que lotaram a Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo durante a abertura oficial do evento.
A expectativa é de que até domingo (6), 636 delegados de todo o Brasil estejam reunidos em São Paulo para debater meios de reverberar o mote do evento, que defende ainda, a distribuição de renda, direitos, emprego decente e proteção ao meio ambiente.
“Foi com muita luta, muita organização e união que construímos nossa organização e nossa luta, que é referência não apenas os bancários e bancárias. E é por isso que nossa conferência não vai debater apenas nossas questões”, disse Juvandia. “Sabemos que nossos debates contribuem para mudar a vida das pessoas, de toda a classe trabalhadora. E isso acontece quando combatemos a violência contra as mulheres, a violência de raça, a violência contra pessoas LGBT+, quando lutamos para todo o povo. Isso é democracia. E não teremos democracia com riqueza para apenas 1% da população brasileira. Não podemos dizer que vivemos em uma democracia quando os mais ricos não pagam impostos e os mais pobres pagam”, disse ela, ao ressaltar a importância da mobilização por uma reforma tributária que promova justiça fiscal e a redução da desigualdade.
A Federação dos Bancarios dos Estados de Sao Paulo e Mato Groso do Sul, participa 55 representantes regionais. O presidente David Zaia participou da mesa de abertura e destacou os desafios da categoria e a defesa pela democracia. “Este ano, nosso lema é ‘Brasil democrático sempre’ e, com ele, precisamos lembrar que a Democracia é uma conquista, mas que temos que defender todos os dias, assim como defendemos todos os nossos direitos. Até porque, sem democracia, todos os nossos direitos vão embora junto”, pontuou.
O presidente também falou da importância de colocar em pauta todas as questões que são importantes para os trabalhadores, sobretudo agora que o País está novamente sob um governo democrático. “Em 1992, quando eu era presidente do Dieese, nós lançamos a campanha SOS salário-mínimo. Unimos três centrais sindicais em uma grande campanha pela valorização do salário-mínimo. Uma campanha que o movimento sindical abraçou e que hoje é uma realidade, uma conquista importante. Naquela época, falávamos também da redução da jornada de trabalho, que hoje é um tema importantíssimo para os trabalhadores. Com toda a tecnologia disponível atualmente, a gente continua com a mesma jornada de 120 anos atrás, de 8 horas de trabalho”, lembrou. “Por isso, colocar todas essas bandeiras em pauta neste momento é fundamental, pois quando a gente se une em torno delas, a gente conquista, assim como foi com o salário mínimo”, concluiu.
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