Análise: Bancos deveriam resolver sozinhos muitos dos problemas

12.11.2012

PAULO ARTHUR GÓES* ESPECIAL PARA A FOLHA Se observarmos o ranking geral de atendimentos da Fundação Procon-SP, disponível no site da entidade, veremos que, dos cinco grupos econômicos que mais receberam queixas em 2012, três dizem respeito às instituições financeiras. O setor foi responsável, em 2011, por 28% de todas as reclamações fundamentadas. E a […]

PAULO ARTHUR GÓES*
ESPECIAL PARA A FOLHA


Se observarmos o ranking geral de atendimentos da Fundação Procon-SP, disponível no site da entidade, veremos que, dos cinco grupos econômicos que mais receberam queixas em 2012, três dizem respeito às instituições financeiras.
O setor foi responsável, em 2011, por 28% de todas as reclamações fundamentadas.

E a tendência dos números não é de queda. Em relação ao primeiro semestre de 2011, houve aumento de cerca de 20% nas demandas relacionadas a "banco comercial", primeiro colocado entre os assuntos mais reclamados.

O quadro se repete no âmbito do Poder Judiciário. O setor bancário, em termos de volume de ações judiciais, perde apenas para o setor público, contribuindo assim de maneira substantiva para a morosidade da nossa Justiça.

Os bancos costumam dizer que tais números, se comparados à quantidade de clientes e de operações que são realizadas diariamente pelas instituições, são ínfimos, demonstrando, segundo sua avaliação, o elevado grau de eficiência do setor.

Idiossincrasias à parte, o fato é que esse cenário gera, como se sabe, elevado custo a toda sociedade.

Não é demais lembrar que muitas das demandas que deságuam nos órgãos de defesa do consumidor e no Judiciário, por envolverem questões menos complexas, poderiam -e deveriam- ser resolvidas pelos próprios bancos.

Não basta um SAC ou uma ouvidoria que atendam em menos tempo. É fundamental que esses canais tenham condições e alçada para resolver os problemas.

Além disso, mais transparência na oferta, na publicidade e na contratação de serviços pode não apenas reduzir como também prevenir novos conflitos. Boa parte das demandas geradas dá-se pela frustração da expectativa inicial do consumidor, que muitas vezes não recebeu informação suficiente e clara.

*PAULO ARTHUR GÓES é diretor-executivo do Procon-SP

Fonte: Folha.com

Leia também: Itaú, Caixa e BB mudam estratégia e desistem de recursos na Justiça

Notícias Relacionadas

Funcionamento dos bancos durante as festas de final de ano

Informações da FEBRABAN sobre horários de atendimento e compensação bancária A FEBRABAN (Federação Brasileira dos Bancos) divulgou os horários de funcionamento dos bancos durante o período de festas de final de ano. Confira abaixo as informações sobre o atendimento presencial e as compensações bancárias: 25/12 (Natal) e 01/01 (Confraternização Universal): Não haverá expediente bancário em […]

Leia mais

Tutela antecipada é restabelecida: Vitória dos trabalhadores do Banco do Brasil

Decisão reforça luta sindical e garante direitos salariais dos funcionários do BB Uma conquista importante para os trabalhadores do Banco do Brasil foi alcançada na quarta-feira (18). A Justiça do Trabalho restabeleceu a tutela antecipada em ação movida pela Contraf-CUT e Federações contra o banco, garantindo a incorporação das gratificações/comissões aos funcionários atingidos pela reestruturação […]

Leia mais

Proposta sobre o Plano de Saúde dos Aposentados do Itaú é Encaminhada ao Banco

Reunião entre COE Itaú e aposentados resultou em proposta para revisão dos custos e condições do plano de saúde; nova negociação com o banco está agendada para 13 de janeiro. Na última quinta-feira, 19 de dezembro, uma reunião entre os membros da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e um grupo representativo de […]

Leia mais

Sindicatos filiados