Aposentados do Itaú cobram condições dignas no plano de saúde

14.01.2025

Em reunião com banco, COE e Comissão de Aposentados apresentaram propostas e reforçaram a importância de negociação para evitar judicialização A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a Comissão de Aposentados se reuniram com representantes do banco nesta segunda-feira (13) para discutir alternativas sustentáveis e humanas para os aposentados no plano de […]

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a Comissão de Aposentados se reuniram com representantes do banco nesta segunda-feira (13) para discutir alternativas sustentáveis e humanas para os aposentados no plano de saúde. Após o término do período de manutenção da contribuição do banco, garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho, os aposentados passaram a enfrentar dificuldades financeiras devido à migração obrigatória do plano familiar para um individual, sem subsídio do Itaú.

O valor do plano individual chega a R$ 1.929 por pessoa, o que pode resultar em uma despesa de quase R$ 4 mil por casal, impondo um fardo insustentável para muitos.

Outro ponto debatido na reunião foi a falta de transparência nos valores cobrados. Conforme a lei nº 9.656/98, trabalhadores podem manter o plano de saúde empresarial após 10 anos de contribuição, desde que arquem com a mensalidade. Contudo, o Itaú não fornece informações claras sobre o valor de sua contribuição no período em que os bancários estavam na ativa, aplicando valores de mercado sem justificativa.

Antes do encontro com o banco, mais de 100 aposentados se reuniram na sede do Itaú, em São Paulo, para debater estratégias e alinhar demandas. Neste contexto, Walmir Gomes, representante da Feeb SP/MS, destacou a relevância de continuar o diálogo para encontrar uma solução justa para ambas as partes. “Manter a negociação aberta é fundamental para evitar judicialização e garantir que os direitos dos trabalhadores, especialmente dos aposentados, sejam respeitados, assegurando também um atendimento de saúde digno para todos”, disse.

Durante a reunião, os trabalhadores reivindicaram:

  • Garantia de isonomia entre aposentados e funcionários ativos nos critérios de subsídio e custeio do plano de saúde.
  • Possibilidade de optar pelo Plano Especial I como primeira escolha.
  • Aplicação de índices como INPC ou IPCA nos reajustes das mensalidades e critérios iguais para reembolsos.
  • Reingresso ao plano para aqueles que tiveram que sair por dificuldades financeiras, com prazo de adesão de até 60 dias.
  • Migração para o Plano Especial I para aposentados em outros planos, com prazo de 60 dias.
  • Retorno da Porto Seguro Saúde como operadora principal, ou outra de referência regional com condições similares.
  • Suspensão de reajustes até o fim das negociações no Ministério Público do Trabalho.
  • Ressarcimento de valores cobrados a maior nos últimos cinco anos, corrigidos conforme a lei.
  • Representação de aposentados no conselho da Fundação Saúde Itaú.

Além disso, foi solicitado dados sobre o número de aposentados por sindicato, garantindo mais transparência.

Mobilização e próximos passos

A mobilização dos aposentados ganhou força nas redes sociais, figurando entre os dez assuntos mais comentados no X (antigo Twitter), com o uso da hashtag #AposentadosMerecemSaúde.

O banco se mostrou aberto às negociações, com a próxima rodada agendada para a primeira semana de fevereiro. No âmbito do Ministério Público, o prazo estabelecido pelo procurador para resolver a questão é 9 de março.

Com informações, Contraf Cut, editado por Feeb SP/MS.

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