O avanço dos ataques e explosões a caixas eletrônicos na região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) fez com que ao menos 40 terminais fossem retirados de estabelecimentos comerciais.
A maioria dos caixas eletrônicos desativados estava no interior de supermercados e foi retirada por "questões de segurança" e para evitar danos às lojas em que estavam instalados.
Segundo a Folha apurou, algumas redes de supermercados com lojas em Ribeirão Preto, Cravinhos, Orlândia, Sertãozinho, Franca, Barretos, São Carlos e outras seis cidades, não contam mais com caixas em suas lojas.
O empresário Aurélio Mialich, 54, dono da rede Mialich, é um deles. Ele disse que decidiu retirar os terminais de suas lojas depois de bandidos explodirem dois aparelhos em um de seus estabelecimentos em Ribeirão Preto.
"Estimo ter gasto R$ 30 mil em reparos. A explosão destruiu o teto e os balcões de atendimento. Para entrar na loja, os bandidos também danificaram parte da entrada."
Neste domingo (5), mais um caixa foi explodido em um posto de combustíveis de Ribeirão.
Segundo Mialich, a retirada dos terminais foi uma recomendação informal da regional da Apas (Associação Paulista de Supermercados).
"Além das explosões, alguns estabelecimentos tiveram de ficar fechados enquanto o Gate [Grupo de Ações Táticas Especiais] não conseguia desativar o que sobrou de explosivos, o que aumentou o prejuízo [dos empresários]", disse Mialich.
Levantamento feito pela Folha aponta o registro de 16 casos de explosão a caixas eletrônicos na região neste ano, em agências bancárias e em terminais de autoatendimentos externos. O número já se aproxima do registrado em 2012, que teve 21.
Apesar da retirada de caixas na região, outras redes optaram por não tirar os terminais, como o Carrefour.
Segundo a empresa, os caixas são mantidos para "a comodidade dos clientes". "As unidades de Ribeirão Preto contam com câmeras de monitoramento e vigilância patrimonial em período integral", informou nota da rede.
Por meio da sua assessoria, a regional da Apas de Ribeirão negou ter recomendado a retirada dos caixas e alegou "não haver nenhuma diretriz a esse respeito".
DESCONHECIMENTO
A maior parte dos caixas eletrônicos 24 horas instalados em supermercados é controlado pela Tecban. A empresa, por meio de sua assessoria de imprensa, informou desconhecer o número de terminais desativados na região.
A Febraban, entidade que representa os bancos, também informou não ter conhecimento da quantidade de caixas eletrônicos desativados após a onda de ataques.
Em nota, a entidade disse não saber quantos ataques foram registrados no país.
Apesar disso, de acordo com a Febraban, o número de agências e postos de autoatendimentos no Brasil cresceu 26% em dez anos, passando de 27 mil, em 2002, para 34,2 mil, em 2011.
Fonte: Folha de S.Paulo
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