
Com ampla participação do movimento sindical, foi realizada na Câmara Municipal na manhã desta sexta-feira, dia 24, audiência pública para discutir o trabalho precário em Sorocaba. A reunião ocorreu por iniciativa do vereador Izídio de Brito (PT), a pedido do movimento sindical sorocabano através do Conselho Sindical.
Além de representantes do poder público municipal, do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest) e da presença dos vereadores Izídio e Francisco França do PT e de assessores de parlamentares, participaram da AP os sindicatos das domésticas; vestuário; subsede da CUT; bancários; Servidores Públicos Municipais; radiologia; metalúrgicos e metalúrgicos aposentados; comércio; técnicos de segurança; construção civil; papel e celulose; turismo; professores; frentistas e químicos. Também participou o Conselho Sindical, representado por Milton Sanches.
Muito embora convidados, as ausências do INSS, da representação patronal e, principalmente, do Ministério Público deixaram a impressão de que o assunto não é tão importante para eles, como é para a classe trabalhadora. “Ficou claro para todas as representações sindicais que a terceirização traz benefícios monetários somente à classe patronal, daí seu máximo interesse na aprovação do projeto de Lei do Deputado Sandro Mabel, que legaliza a terceirização brasileira”, comenta Julio Cesar Machado, presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região, presente na audiência.
Os problemas de saúde nas diversas categorias foram relatados por seus representantes, que cobraram a atuação do Cerest, que se comparado ao da cidade de Piracicaba – SP, está distante dos problemas trabalhistas.
Julio Cesar Machado, que representou também a Federação dos Bancários de SP e MS e a Central UGT, fez um breve relato sobre a categoria bancária e suas divergências quanto à terceirização como está colocada no País. Descreveu de início a globalização, que foi sucedida pela informatização, com a implementação dos correspondentes bancários, depois pelos estagiários, seguidos pelos jovens cidadãos e culminando com os terceirizados. “Neste procedimento padrão usado pelos bancos, passamos de mais de um milhão de bancários nos anos oitenta, para pouco mais de 400 mil nos dias atuais”, diz.
Quanto à saúde, relatou as doenças ocupacionais, o alcoolismo e os suicídios, que estão sendo precedidos pelos assédios morais, que estão enraizados nas metas abusivas – responsáveis diretas pelos transtornos mentais. O presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba salientou que todos estes acontecimentos, somados à ausência de atitude do Ministério Público do Trabalho quando solicitado, enfraquecem o movimento sindical e este é o desejo patronal. “Estaremos procurando pela representante do Cerest nos próximos dias, para efetivamente entender seu funcionamento e procurar fazer uso de mais esta ferramenta em beneficio dos trabalhadores bancários”.
A iniciativa do Conselho Sindical foi um marco inicial a ser seguido pelos demais Conselhos Sindicais espalhados pelo Estado de São Paulo. “Se a terceirização tiver seu projeto de Lei aprovado, será um golpe que deixará marcas profundas na organização sindical brasileira. Enaltecemos o trabalho do Vereador Izidio de Brito, que tem sido os olhos e os ouvidos do movimento sindical, em parceria com o Vereador Francisco França, que levam assuntos de extrema importância ao Conselho Sindical sorocabano. Também temos outro batalhador incansável, Senhor Joel Miguel da Silva, sempre envolvido nas causas trabalhistas. O movimento sindical sorocabano está de parabéns pela realização de mais este evento de vulto nacional!”, comenta Julio Cesar.
Fonte: Seeb Sorocaba
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