Na manhã de hoje, 28, dirigentes sindicais do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região participaram do Dia Nacional de Luta contra os abusos cometidos pela diretoria do Banco do Brasil aos funcionários que exerceram o seu legítimo direito de greve este ano. A mobilização, que ocorre em todo país, foi realizada nas agências da Praça José Bonifácio e da rua Prudente de Moraes.
“A manifestação foi nossa resposta ao assédio moral e às práticas antissindicais recorrentes no BB. A forma como vem sendo feita a cobrança pela compensação das horas não trabalhadas na greve é um desrespeito ao direito de greve dos trabalhadores, fato que não será tolerado”, declarou o dirigente sindical e funcionário do BB, Paschoal Vega Junior.
O dirigente salientou ainda que faltam funcionários do BB e que o banco aumentou em 3 milhões o número de correntistas, mas que suspendeu a convocação dos concursados. “Além disso, o BB é o campeão na lista de reclamações do Banco Central, principalmente por débitos não autorizados e cobrança irregular de tarifas e serviços. Nosso sindicato tem denunciado há tempos a pressão do banco para vendas casadas de produtos.”
Em comunicado ao funcionário, intitulado “Compensação das Horas de Greve”, enviado recentemente, o Banco do Brasil informa que os dias parados em setembro último devem ser compensados até o dia 15 de dezembro deste ano, como prevê a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), assinada pelos sindicatos e Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Até aí, digamos assim, nenhuma novidade. Porém, a Diretoria de Gestão de Pessoas (Dipes) obriga os gestores a exigirem visto do funcionário dando ciência à “correspondência”, enviada a todos que participaram da greve.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região, José Antonio Fernandes Paiva, o comunicado do BB é um claro exemplo de prática antissindical, tão combatida pelos sindicatos de trabalhadores e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Apesar de comentar, no penúltimo parágrafo do comunicado, o compromisso assumido entre as partes (sindicatos e bancos) no fechamento da negociação coletiva, em compensar os dias parados, o Banco do Brasil rasga a CCT ao exigir no mesmo documento o comprometimento de cada funcionário que participou da greve em cumprir o que foi acordado entre os representantes dos trabalhadores e dos banqueiros. Uma exigência desnecessária. A CCT é um instrumento coletivo de trabalho. Qualquer conflito deve ser remetido ao sindicato, legítimo representante dos trabalhadores. Diga-se, de passagem, não é o caso. Sem falar que não é o primeiro ano que a compensação dos dias parados figura na CCT. Na verdade, ao individualizar a questão, o Banco visa intimidar o bancário, desmobilizar as ações coletivas. O que é muito grave. Aliás, é pura coação, coerção, repressão mesmo. Vamos denunciar esse desrespeito a todos os funcionários em todas as esferas. E mais: os funcionários que participaram da greve merecem apoio, solidariedade de todo o corpo funcional. As conquistas da greve, cabe destacar, são válidas para todos os funcionários, sem distinção”, enfatiza Paiva.
Não assine
O Sindicato reafirma orientação repassada aos funcionários na última semana, logo após vir à tona o ameaçador comunicado: não assine nenhum documento versando sobre a compensação das “Horas de Greve”.
Audiência no MPT dia 3
O Ministério Público do Trabalho (MPT) realiza audiência com os representantes dos trabalhadores e o Banco do Brasil, no dia 3 de dezembro. Em pauta, as práticas antissindicais do BB e a discriminação pós Campanha 2012 em relação aos bancários que exerceram o legítimo direito de greve. Entre os abusos cometidos pelo BB, alteração de férias e licenças pré-agendadas e exigência de assinatura do comunicado intitulado “Compensação das Horas de Greve”. A audiência foi marcada pelo MPT após ingresso de representação pela Contraf-CUT.
Fonte: Seeb Piracicaba e Região
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