Bancários de Piracicaba se mobilizam em frente às agências do Itaú que implantaram horário estendido

05.12.2012

No Dia Nacional de Luta, dirigentes sindicais de Piracicaba realizaram na manhã de hoje (5) manifesto em frente às agências do Itaú que implantaram o sistema de atendimento com horário estendido. A manifestação também foi feita em frente a maior agência do banco, localizada no Centro para denunciar os sérios problemas que o local enfrenta […]

No Dia Nacional de Luta, dirigentes sindicais de Piracicaba realizaram na manhã de hoje (5) manifesto em frente às agências do Itaú que implantaram o sistema de atendimento com horário estendido. A manifestação também foi feita em frente a maior agência do banco, localizada no Centro para denunciar os sérios problemas que o local enfrenta com a falta de ar-condicionado.

A implantação do horário estendido feito pelo Itaú em diversas agências no último dia 27 de agosto deste ano tem sobrecarregado os funcionários e causado consequências diretas no emprego, jornada, organização de trabalho e principalmente na qualidade de vida dos trabalhadores, fragilizando a segurança dos bancários e clientes.

Em Piracicaba quatro agências foram incluídas no novo sistema imposto pelo banco, sendo duas na Vila Rezende e duas no Centro. Na cidade, os horários praticados são das 8h às 16h e das 10h às 18h. Até o momento, em todo o país, são 450 agências que esticaram o expediente ao público.

Devido à forma unilateral e sem transparência de colocar em prática o projeto, dirigentes sindicais do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região usaram a força da voz e a entrega de informativos, como forma de pressionar o Itaú para que reveja esse horário diferenciado e discuta com os trabalhadores um novo modo de organizar o atendimento.

“Não somos contra a ampliação do horário de atendimento das agências. Temos uma reivindicação antiga para ampliar o horário das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho e mais contratações de bancários, a fim de atender melhor os clientes e a população. Essa proposta está com a Fenaban há muitos anos“, salientou o dirigente sindical Marcelo Abrahão.

De acordo com o dirigente sindical Ubiratan Campos do Amaral, o Itaú argumenta que o projeto visa atender os clientes do banco que desejam realizar operações de negócios. Desta forma, essas agências ampliaram em duas horas diárias o atendimento para transações e destinaram outras cinco horas diárias ininterruptas para atendimento ao público, conforme exigido pela norma do Banco Central. “Isso é discriminação, pois somente são atendidos os clientes do banco providos de melhor capital para a realização de transações e aplicações financeiras”, salientou.

MÁS CONDIÇÕES DE TRABALHO

Dirigentes sindicais também pararam em frente à agência do Itau, localizada na Praça Central. Mais uma vez, os clientes que precisam fazer alguma operação bancária nessa agência e na agência Personalitè, que fica ao lado, têm passado por maus bocados. É que o sistema de ar-condicionado da agência está novamente quebrado, causando transtornos para os funcionários e a população. O mesmo fato ocorreu há menos de um mês.

O Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região recebeu denúncia de um funcionário relatando o sério problema que a falta de ar-condicionado tem causado. De acordo com ele um caixa passou mal e outros três clientes precisaram ser atendidos devido ao calor.

“É inadmissível que o segundo maior banco do país em lucratividade não se preocupe com as condições de trabalho de seus funcionários e com o bom atendimento ao cliente. A gerência regional alega não ter verbas para o conserto do equipamento e ainda se nega a comprar ventiladores como forma paliativa para que o ar circule dentro dessa agência. Nós exigimos uma solução a ponto de fecharmos esse estabelecimento bancário, até que uma atitude seja tomada”, salientou Ubiratan.
O sindicato está ciente do problema e vai tomar todas as medidas necessárias. Até porque não tem justificativa uma agência do maior banco privado em atividade no país, que em nove meses lucrou R$ 10,102 bilhões, ficar sem ar-condicionado.
 
Fonte: Seeb Piracicaba

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