No Dia Nacional de Luta, dirigentes sindicais de Piracicaba realizaram na manhã de hoje (5) manifesto em frente às agências do Itaú que implantaram o sistema de atendimento com horário estendido. A manifestação também foi feita em frente a maior agência do banco, localizada no Centro para denunciar os sérios problemas que o local enfrenta com a falta de ar-condicionado.
A implantação do horário estendido feito pelo Itaú em diversas agências no último dia 27 de agosto deste ano tem sobrecarregado os funcionários e causado consequências diretas no emprego, jornada, organização de trabalho e principalmente na qualidade de vida dos trabalhadores, fragilizando a segurança dos bancários e clientes.
Em Piracicaba quatro agências foram incluídas no novo sistema imposto pelo banco, sendo duas na Vila Rezende e duas no Centro. Na cidade, os horários praticados são das 8h às 16h e das 10h às 18h. Até o momento, em todo o país, são 450 agências que esticaram o expediente ao público.
Devido à forma unilateral e sem transparência de colocar em prática o projeto, dirigentes sindicais do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região usaram a força da voz e a entrega de informativos, como forma de pressionar o Itaú para que reveja esse horário diferenciado e discuta com os trabalhadores um novo modo de organizar o atendimento.
“Não somos contra a ampliação do horário de atendimento das agências. Temos uma reivindicação antiga para ampliar o horário das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho e mais contratações de bancários, a fim de atender melhor os clientes e a população. Essa proposta está com a Fenaban há muitos anos“, salientou o dirigente sindical Marcelo Abrahão.
De acordo com o dirigente sindical Ubiratan Campos do Amaral, o Itaú argumenta que o projeto visa atender os clientes do banco que desejam realizar operações de negócios. Desta forma, essas agências ampliaram em duas horas diárias o atendimento para transações e destinaram outras cinco horas diárias ininterruptas para atendimento ao público, conforme exigido pela norma do Banco Central. “Isso é discriminação, pois somente são atendidos os clientes do banco providos de melhor capital para a realização de transações e aplicações financeiras”, salientou.
MÁS CONDIÇÕES DE TRABALHO
Dirigentes sindicais também pararam em frente à agência do Itau, localizada na Praça Central. Mais uma vez, os clientes que precisam fazer alguma operação bancária nessa agência e na agência Personalitè, que fica ao lado, têm passado por maus bocados. É que o sistema de ar-condicionado da agência está novamente quebrado, causando transtornos para os funcionários e a população. O mesmo fato ocorreu há menos de um mês.
O Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região recebeu denúncia de um funcionário relatando o sério problema que a falta de ar-condicionado tem causado. De acordo com ele um caixa passou mal e outros três clientes precisaram ser atendidos devido ao calor.
“É inadmissível que o segundo maior banco do país em lucratividade não se preocupe com as condições de trabalho de seus funcionários e com o bom atendimento ao cliente. A gerência regional alega não ter verbas para o conserto do equipamento e ainda se nega a comprar ventiladores como forma paliativa para que o ar circule dentro dessa agência. Nós exigimos uma solução a ponto de fecharmos esse estabelecimento bancário, até que uma atitude seja tomada”, salientou Ubiratan.
O sindicato está ciente do problema e vai tomar todas as medidas necessárias. Até porque não tem justificativa uma agência do maior banco privado em atividade no país, que em nove meses lucrou R$ 10,102 bilhões, ficar sem ar-condicionado.
Fonte: Seeb Piracicaba
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