Bancários discutem condições de trabalho com o Santander

29.07.2013

O Fórum de Saúde e Condições de Trabalho do Santander, espaço de debates previsto na cláusula 24ª do acordo aditivo à convenção coletiva, aconteceu na última quinta-feira, 25, em São Paulo, e contou com a participação de representantes das entidades sindicais e do banco. O diretor João Carlos Rodrigues representou a Feeb SP/MS na reunião. […]

O Fórum de Saúde e Condições de Trabalho do Santander, espaço de debates previsto na cláusula 24ª do acordo aditivo à convenção coletiva, aconteceu na última quinta-feira, 25, em São Paulo, e contou com a participação de representantes das entidades sindicais e do banco. O diretor João Carlos Rodrigues representou a Feeb SP/MS na reunião.

Os dirigentes sindicais constaram que os problemas de saúde dos trabalhadores do Santander estão sendo agravados pela falta de funcionários, sobrecarga de trabalho, metas abusivas e o assédio moral e que os bancários não aguentam mais o descaso do banco.

Condições de trabalho

Os representantes dos trabalhadores discutiram as propostas de saúde e condições de trabalho que constam na pauta específica de reivindicações, aprovada no Encontro Nacional dos Dirigentes Sindicais do Santander, realizado nos dias 4 e 5 de junho, em São Paulo.

As condições de trabalho no banco são assustadoras, pioram e se deterioram dia a dia. No ano passado, houve corte de 572 postos de trabalho. No primeiro semestre deste ano, segundo informações enviadas pela maioria dos sindicatos para a Contraf, o banco demitiu 2.604 funcionários, dos quais 1.820 sem justa causa.

Foram denunciadas também a prática do assédio moral para o atingimento das metas abusivas e a exposição do ranking individual dos funcionários, que apesar de proibido pela convenção coletiva, continua sendo feita em várias regiões, como em Araçatuba (SP). "Esse procedimento não pode continuar, pois é um desrespeito aos bancários", afirma o diretor da Feeb SP-MS, João Carlos.

Planos de saúde 

Os dirigentes sindicais defenderam novamente a proposta de manutenção dos planos de saúde na aposentadoria, nas mesmas condições de cobertura assistencial de que o funcionário gozava quando da vigência do contrato de trabalho, mediante o pagamento de mensalidade correspondente ao valor que era descontado de seu holerite (contra cheque).

Também foi ressaltado a importância de discutir a unificação da gestão dos planos de saúde, buscando garantir a participação dos trabalhadores e assegurar transparência, com acesso aos contratos e aos estudos atuariais que subsidiam as decisões sobre pagamentos e contribuições. Além disso, os bancários cobraram o recebimento de extratos mensais com as despesas realizadas, a exemplo do procedimento já adotado há muitos anos pela Cabesp. O banco se limitou a dizer que o assunto está sendo estudado.

Os representantes dos bancários propuseram ainda que o banco estabeleça meses fixos para quem quiser fazer upgrade e downgrade, facilitando o planejamento e evitando transtornos.

Programa de retorno ao trabalho 

Os bancários reivindicaram um programa de reabilitação, cujo objetivo é assegurar condições adequadas de reinserção do empregado no trabalho, após encerramento de benefício previdenciário, de origem ocupacional ou não.

O banco prometeu que apresentará e discutirá o programa com o movimento sindical antes da sua implantação.

Comitê de Relações Trabalhistas 

Nesta segunda-feira, às 14h, ocorre nova reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), no prédio do ex-Banespa. Estará em discussão a pauta específica de reivindicações, aprovada no Encontro Nacional dos Dirigentes Sindicais.

Com informações da Contraf

 

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