Bancários realizam Dia Nacional de Luta contra abusos do Santander em todo o país

04.11.2025

 Mobilizações denunciaram fechamento de agências, demissões e contratações fraudulentas; movimento sindical cobra respeito e valorização dos trabalhadores Os funcionários e funcionárias do Santander realizaram, nesta terça-feira (4), o Dia Nacional de Luta, com mobilizações em todo o país. As manifestações reuniram bancários e bancárias em protesto contra o fechamento de agências, as demissões e a […]

 Mobilizações denunciaram fechamento de agências, demissões e contratações fraudulentas; movimento sindical cobra respeito e valorização dos trabalhadores

Os funcionários e funcionárias do Santander realizaram, nesta terça-feira (4), o Dia Nacional de Luta, com mobilizações em todo o país. As manifestações reuniram bancários e bancárias em protesto contra o fechamento de agências, as demissões e a contratação fraudulenta de mão de obra — prática em que o banco demite empregados com todos os direitos garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e os recontrata por meio de empresas terceirizadas do próprio grupo espanhol, com perda de direitos e redução salarial.

A ação contou com a participação dos sindicatos filiados à Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) e teve como objetivo denunciar as práticas abusivas do Santander e exigir respeito, valorização e dignidade para os trabalhadores que constroem os lucros do banco no Brasil.

Entre 2019 e 2023, o grupo Santander ampliou seu quadro funcional de 47,8 mil para 55,6 mil trabalhadores. À primeira vista, o número parece positivo. No entanto, o crescimento ocorreu entre os terceirizados, e não entre os bancários amparados pela CCT. Esses profissionais são contratados por empresas coligadas, como Pulse (Sorocaba), Tools (Piracicaba) e F1rsts (São Paulo e demais regiões), para desempenhar atividades tipicamente bancárias, mas sem os mesmos direitos e garantias.

Ao mesmo tempo em que fechou cerca de 10% de suas agências e reduziu em 22% as despesas diretas, o banco aumentou em 126% os gastos com suas empresas coligadas. O resultado é um cenário no qual 54% dos trabalhadores atuam diretamente no banco e 46% estão alocados em outras empresas do grupo, sem o amparo da CCT.

Segundo a diretora Patrícia Bassanin, representante da Feeb SP/MS na Comissão de Organização dos Empregados (COE) Santander, a situação nas agências é de sobrecarga e falta de reconhecimento.

“O que não nos faltam são motivos para questionar a postura que o banco vem adotando em relação aos fechamentos de agências, à falta de funcionários e ao atendimento precário. As agências que permanecem abertas acabam absorvendo a demanda das que foram fechadas, gerando uma sobrecarga enorme. O que a gente precisa é que o Santander enxergue o que está acontecendo, porque, do jeito que está, parece que nada está acontecendo”, afirma.

O movimento sindical reafirma o compromisso na defesa do emprego bancário, contra o fechamento de agências e postos de atendimento, contra as práticas antissindicais e pela valorização dos trabalhadores. A mobilização nacional reforça a luta por condições justas de trabalho e atendimento digno à população.

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