Bancários pontuam falta de negociação e cobram planejamento
Nesta semana, o Banco do Brasil anunciou o retorno dos bancários ao trabalho presencial. Bancários do Banco do Brasil poderão retornar ao trabalho presencial de forma opcional. Um comunicado interno foi enviado ontem (15), para informar funcionárias (os) que estão em home office, e não pertencem ao grupo de risco, sobre a possibilidade do retorno ao trabalho presencial a partir do dia 20 de setembro. Segundo o banco, o retorno é opcional e válido inclusive para aqueles que ainda não se vacinaram ou completaram as duas doses do imunizante.

De acordo com avaliação da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), o retorno deve ser feito de forma planejada. “O ideal é um retorno gradual e bem planejado. A não exigência do ciclo completo de vacinação é muito preocupante”, pontua Elisa Ferreira, representante da Feeb SP/MS, na Comissão de Empresas dos Funcionários do Banco do Brasil.
Recentemente, durante a 23ª Conferência Nacional dos Bancários, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgou pesquisa que mostra que quase 13 mil bancários e bancárias, revelam que o trabalho remoto garantiu mais proteção contra a pandemia. Entre os que ficaram em teletrabalho, 77% não apresentaram diagnóstico positivo de Covid-19, contra 23% contagiados. Já entre os que estiveram em trabalho presencial, o percentual de contaminação foi de 38%.
De acordo com o comunicado interno, o retorno ao trabalho presencial pode ser feito para funcionários que não são grupo de risco (estes permanecem em casa), de forma voluntária e não obrigatório.
“Hoje esse público é de cerca de 18 mil funcionários, sendo a maioria de área meio e diretorias. Vale destacar que esse retorno não suprirá a demanda das agências, que estão sobrecarregadas e fazendo um importante trabalho. Portanto, o ônus pode ser muito maior que o bônus, levando em consideração a gravidade da doença e a baixa taxa de imunização”, destaca Elisa.
Governo
Segundo o Ministério da Saúde, atualmente quase 36% da população brasileira está imunizada. E, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), baseada em dados científicos, só é possível controlar a disseminação da Covid-19 quando 70% da população estiver devidamente imunizada.
Entidades sindicais relatam, ainda, dados que mostram a economia do Banco com o home office.
“A decisão foi tomada sem negociação e desrespeita o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) Emergencial da Covid-19, estabelecido no início da pandemia, que trouxe mais proteção à saúde dos funcionários e funcionárias de todo o país. É uma decisão impulsionada por um governo negacionista, que finge uma normalidade que não existe”, completa a representante da Feeb SP/MS.
Notícias Relacionadas
Formação reuniu mulheres sindicalistas de todo o país para fortalecer a atuação feminina nas mesas de negociação
A dirigente Débora Machado, do Sindicato dos Bancários de São José dos Campos e Região, representou a Feeb SP/MS na Secretaria da Mulher da UGT-SP durante o curso Negociação Coletiva e Igualdade de Gênero no Mundo do Trabalho, promovido pelo Ministério das Mulheres, em Brasília. O encontro, realizado entre os dias 4 e 7 de […]
Leia maisFeeb SP/MS convoca plenária para discutir renovação do ACT Saúde Caixa
Encontro acontece no dia 10 de novembro, às 18h, via Zoom, e antecede as assembleias nos sindicatos filiados A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) convoca todos os sindicatos filiados para participarem da plenária de esclarecimentos sobre a proposta de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) Saúde […]
Leia maisEleições da Cabesp começam no dia 18 de novembro
Associados poderão votar até o dia 27 pelo portal da Caixa Beneficente, escolhendo diretores e membros do Conselho Fiscal A Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo (Cabesp) realizará suas eleições entre os dias 18 e 27 de novembro de 2025. O processo terá início à 0h01 do dia 18 (terça-feira) […]
Leia mais