Bancos de emergentes estão entre os maiores

01.11.2012

Os bancos de países emergentes, incluindo os brasileiros, já estão entre os maiores do mundo, aponta o Fórum Econômico Mundial, em levantamento divulgado ontem em Genebra. O ranking das instituições financeiras de maior valor de mercado já tem pelo menos sete bancos emergentes: três chineses (China Construction Bank, Agricultural Bank of China e Bank of […]

Os bancos de países emergentes, incluindo os brasileiros, já estão entre os maiores do mundo, aponta o Fórum Econômico Mundial, em levantamento divulgado ontem em Genebra. O ranking das instituições financeiras de maior valor de mercado já tem pelo menos sete bancos emergentes: três chineses (China Construction Bank, Agricultural Bank of China e Bank of China), três brasileiros (Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco) e um russo (Sberbank).


"Os bancos emergentes não estão apenas substancialmente grandes; estão crescendo rápido", diz o estudo. Um exemplo é que o Brasil ultrapassou, no ano passado, os lucros obtidos no Reino Unido, apesar de ter menos de um quinto da base de ativos britânica. Entre 2005 e 2010, a fatia das instituições dos países em desenvolvimento no valor de mercado global quase dobrou.

Como o nível de bancarização nessas praças ainda é baixo, o crescimento deve vir principalmente dos mercados domésticos, avalia o Fórum. Apesar disso, vários bancos passaram a atuar no exterior. O Standard Bank, da África do Sul, por exemplo, gera quase um quarto de seus lucros fora de casa.

Na avaliação do Fórum, os bancos emergentes passaram melhor pela crise global, o que terá repercussões em seu papel no futuro do sistema financeiro mundial. As instituições de países em desenvolvimento não tiveram de passar pelo grande processo de desalavancagem do restante do mundo e puderam continuar emprestando, com o uso da estável base de depósitos.

Além disso, essas instituições já tinham índice de capitalização mais elevado, de 13% na Ásia, até 17% na América Latina. Outro ponto é que as novas regras de Basileia 3 devem ser menos dolorosas para os emergentes, que têm menor exposição a ativos mais arriscados.

Para completar, as nações em desenvolvimento se encontram em condições bem melhores do que as desenvolvidas, sem problemas de endividamento soberano ou déficits elevados. "É quase certo que os bancos emergentes logo se tornarão players importantes do sistema financeiro mundial", conclui o Fórum.

Ranking. O Brasil perdeu a liderança latino-americana do ranking de desenvolvimento do sistema financeiro do Fórum Econômico Mundial. O País foi desbancado pelo Chile no levantamento deste ano, divulgado ontem em Genebra.

Os resultados apontam que o Brasil caiu duas posições no ranking da entidade, para o 32.º posto, entre 62 países analisados. Já o Chile subiu dois lugares e atingiu a 29.ª colocação, tornando-se o melhor da América Latina.

"A queda do Brasil pode ser atribuída aos resultados mais fracos obtidos nos quesitos de estabilidade financeira, mercados financeiros e acesso financeiro", diz o relatório.

Entre os pontos avaliados, houve deterioração na estabilidade da moeda e do sistema bancário. A moeda brasileira deixou de ser a segunda mais estável de toda a mostra no ano passado, e recuou para a sexta posição, em razão da piora da relação entre o saldo de conta corrente do balanço de pagamentos e o PIB.

Além disso, o ambiente de negócios continua uma das maiores fraquezas do Brasil, em razão das dificuldades do sistema tributário, custos elevados e capital humano mais fraco. O Fórum aponta ainda que o ambiente institucional do País é atrasado por um setor financeiro não liberal, fraca estrutura legal e regulatória e relativa inabilidade de fazer cumprir contratos. Os pontos que mostraram melhora foram as atividades de fusões e aquisições, seguros e securitização.

Enquanto a avaliação brasileira se deteriorou, o Chile melhorou a situação do mercado financeiro, com destaque para o desenvolvimento de ações e títulos. Segundo o Fórum, o país tem instituições e políticas fortes.


Fonte: O Estado de S.Paulo  

Notícias Relacionadas

Feeb SP/MS participa de reunião com COE Itaú sobre plano de saúde, mas banco não apresenta avanços

Instituição não respondeu a ofício que solicitava congelamento dos valores e criação de plano especial para aposentados A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com representantes do banco na manhã desta terça-feira (4) para tratar do plano de saúde dos funcionários. A Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e […]

Leia mais

BB realiza nova eleição para Caref a partir de sexta (7); Feeb SP/MS apoia Selma Siqueira

Primeira votação foi anulada por problemas técnicos; nova eleição ocorre de 7 a 13 de fevereiro A Comissão Eleitoral, responsável pelo processo de escolha da Conselheira ou Conselheiro de Administração Representante dos Funcionários do Banco do Brasil (Caref), anulou a votação que ocorreu entre 22 e 31 de janeiro por razões técnicas. Com isso, um […]

Leia mais

Após mesa de negociação, BB apresenta avanços

CEBB enviou ofício ao banco cobrando manutenção dos salários Depois da mesa de negociação realizada na tarde de sexta-feira (31), o Banco do Brasil anunciou que 3.407 funcionários continuarão atuando e recebendo a comissão de caixa. A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) destacou que essa conquista é resultado da forte […]

Leia mais

Sindicatos filiados