A diretoria do Banco do Brasil deu mais uma demonstração de desrespeito aos funcionários ao cancelar a rodada de negociação sobre o novo plano de funções comissionadas, previamente marcada para esta terça-feira (09/04) em Brasília. Apesar da antecedência em marcar a negociação – anunciada no dia 26 de março último, durante reunião da mesa temática de Ascensão Profissional e Comissionamento -, o cancelamento foi em cima da hora, no final da tarde do dia 08, quando a maioria dos dirigentes sindicais já estavam na capital federal. O descaso do BB terá resposta. Durante ato entre os prédios da direção geral, no horário em que seria realizada a negociação, os representantes sindicais condenaram a postura do Banco e convocaram os funcionários para greve nacional de 24 horas no dia 30 deste mês de abril.
Para o secretário geral da Federação dos Bancários de SP e MS (Feeb-SP/MS) e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários, Jeferson Boava, que participou do ato de hoje em Brasília, falta seriedade à diretoria do BB. “Desmarcar a rodada é pura provocação, desrespeito completo. Desde a implantação do novo Plano de Funções de Confiança e de Funções Gratificadas, em 28 de janeiro último, a diretoria do Banco se nega a debater, discutir, negociar com seriedade. Lutamos pela jornada de 6h para todos, porém o novo plano requer correções, ajustes. Não podemos aceitar o corte de direitos, a redução de salários. Buscamos o diálogo, mas o Banco do Brasil se mantém intransigente. Já realizamos dois dias de luta (20 de fevereiro e 20 de março) e temos vencido a batalha judicial. Já denunciamos os atos arbitrários da diretoria do Banco aos parlamentares, no Congresso Nacional, e até para o governo federal. A diretoria do BB, no entanto, não move uma palha. Dia 30 faremos nova jornada de luta; greve nacional. Conclamo todos os funcionários a abraçar essa luta, repudiar o golpe da diretoria”.
BB não quer negociar
A postura do BB em não negociar o novo plano com os sindicatos ficou evidente, mais uma vez, não apenas ao cancelar a rodada de hoje, mas também em seu mais recente boletim pessoal, enviado aos funcionários. Em seu comunicado interno, diz textualmente que não negocia quaisquer alterações no plano de funções. Se propõe apenas a "prestar qualquer tipo de esclarecimento, quer individual, quer coletivamente". E ainda canta vantagem ao afirmar que houve "adesão integral às Funções de Confiança" e "30% de adesão às Funções Gratificadas". Dia 30 será dado mais um alerta, aviso à Dida e Cia.
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