As negociações para que se encontre a melhor proposta para empregadas e empregados com relação ao Saúde Caixa serão mantidas. A decisão foi tomada, nesta quinta-feira (31), em reunião entre a Caixa Econômica Federal e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE). Apesar de o banco entender que a ultratividade não é devida, reconheceu que a vigência do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do Saúde Caixa vai até dezembro de 2023, e que os princípios do pacto intergeracional, do mutualismo e da solidariedade sempre são e continuarão sendo considerados no debate a respeito do modelo de custeio do plano, que prevê que 70% dos custos devem ser arcados pelo banco e 30% pelas empregadas e empregados.
Ainda sobre Saúde Caixa
A representação dos trabalhadores cobrou resposta da Caixa para todas as reivindicações que foram apresentadas sobre o Saúde Caixa desde o início das negociações.
Outra reivindicação que já havia sido apresentada, e novamente cobrada, foi com relação ao retorno das Gerências de Pessoas e comitês de credenciamentos, como forma de descentralizar e melhorar o atendimento aos usuários e credenciados, além de o número de profissionais, hospitais e laboratórios credenciados nas regiões.
A volta do custeio administrativo apenas pela Caixa, como era antes de 2018, é outra reivindicação feita pela representação sindical sobre a qual a Caixa não deu resposta. A representação dos empregados também lembrou da cobrança pra que a Caixa assuma os custos dos afastamentos para tratamento de doenças causadas em decorrência do trabalho.
Pesquisa realizada pela Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae), constatou que houve, na Caixa, recorde de afastamentos para tratamento de saúde devido acidentes de trabalho e que o índice é muito acima da média de outros bancos e mais acima ainda do que o constatado no mercado geral de trabalho.
Para além do Saúde Caixa
Mais uma vez, a representação dos trabalhadores pediu que a Caixa valorize as mesas de negociações e demais espaços de construção conjunta de propostas.
A Caixa disse que dará continuidade às negociações e aos GTs. Com relação ao GTs de caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor, o banco disse que na próxima reunião apresentará os resultados de um estudo feito pelo banco.
A representação dos trabalhadores disse que, apesar de a Caixa ter dito que paralisaria a instalação de mobiliário considerado inadequado pelos trabalhadores que os utiliza, a instalação continuou a instalação dos mesmos, como, por exemplo, de guichês de caixa.
A Caixa pediu que a representação sindical indique em quais unidades está havendo problemas com o mobiliário para que o banco envie engenheiro do trabalho ao local para que os trabalhadores sejam ouvidos e indiquem quais são os problemas.
Minha Trajetória
Os trabalhadores também cobraram negociações específicas sobre o “Minha Trajetória”, uma vez que o novo programa de gestão está repetindo os mesmos erros do antigo programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP).
Também houve cobrança de uma mesa tripartite para alinhar e aprofundar o debate sobre a Fundação dos Economiários Federais (Funcef).
Contraf, editado por Feeb SP/MS