
Congelamento da participação da Caixa no custeio do plano e o acelerado crescimento dos custos causa desequilíbrio financeiro, que o banco pretende que seja coberto pelos empregados; representantes dos trabalhadores defendem que não haja aumento nas mensalidades do plano.
Em atividades realizadas nas agências e prédios de departamentos da Caixa Econômica Federal em todo o país, nesta terça-feira (20), empregadas e os empregados do banco protestaram contra as movimentações da empresa, que trabalha para aplicar novos aumentos nas mensalidades do Saúde Caixa, o plano fechado de assistência médica dos trabalhadores do banco público.
Conforme os representantes dos empregados, diante da permanência do teto para gastos do banco com a saúde dos empregados, presente no estatuto da instituição, e o constante aumento dos custos médicos, a tendência é de que, nas negociações deste ano, a Caixa proponha reajustes nas mensalidades. Representantes defenderam que o valor pago hoje já está acima dos 30% definidos no acordo. A defesa inclui reajuste zero nas mensalidades e o fim do teto, uma vez que a própria CGPAR 52 permite que o banco pague até 70% dos custos do plano de saúde.
Defender o Saúde Caixa
A representação dos empregados no Grupo de Trabalho do Saúde Caixa, avaliou que as atividades foram importantes para mostrar que os empregados estão mobilizados e atentos em relação ao futuro do plano de saúde, principalmente com relação à sustentabilidade do plano, que pode ser comprometida caso a Caixa não assuma a responsabilidade de arcar com a proporção contributiva de 70% das despesas.
Atualmente, o banco congelou sua participação no custeio, e quer empurrar integralmente aos empregados todo aumento nas despesas. Empregados protestam também pela qualidade do plano, alegando piora no atendimento e na redução da rede credenciada. “É muito importante que a direção da empresa esteja disposta a ouvir os empregados, e aplique e fato, iniciativas voltadas à qualidade do plano”, disse Carlos Augusto Pipoca, representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), no Saúde Caixa.
As mobilizações devem ocorrer nos dias 20 de cada mês com o intuito e demonstrar união dos empregados e empregadas na defesa do plano.
Reunião com o banco
Nesta quarta-feira (21) o Grupo de Trabalho (GT) Saúde Caixa apresentam ao banco o relatório de administração, que já é público, e a pesquisa de satisfação, que foi realizada há algum tempo.
Negociação de 2025
Entre agosto e setembro, será discutido o novo acordo específico do Saúde Caixa. A pauta central é a retirada do teto de 6,5% e a manutenção do modelo de custeio 70/30%. “Somente com mobilização será possível pressionar a Caixa e garantir que o plano continue sendo viável, justo e acessível”, diz a nova cartilha “Queremos Saúde, Caixa!”, confeccionada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O objetivo do material é de dar conhecimento sobre o tema que impacta diretamente uma das mais valiosas conquistas dos trabalhadores: o Saúde Caixa, resultado de anos de organização e luta coletiva.
Leia, compartilhe e entre na luta! Porque o Saúde Caixa é um direito seu. E a responsabilidade de defendê-lo é de todos nós. Onde tem mobilização, tem conquista!
Baixe CartilhaQueremosSaudeCaixaWEB.
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