caixas eletrônicos foram explodidos e outros dois danificados por volta das 2h desta sexta-feira (24) na agência do Banco do Brasil, do bairro Piracicamirim, em Piracicaba. De acordo com moradores da região, foi possível ouvir o estrondo a três quarteirões do local. Esta é a segunda vez, neste mês, que caixas eletrônicos são alvo de marginais.
Nesta manhã, o diretor do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região e membro do Conselho de Segurança, Marcelo Abrahão, esteve no local para averiguar os fatos. De acordo com ele, os 14 funcionários que trabalham na agência só devem voltar ao local de trabalho após o banco retomar todas as medidas de segurança destruída pela ação dos bandidos. “Esses bancários serão distribuídos para outras agências até que o banco esteja dentro dos parâmetros de segurança exigidos por lei”, ressalta.
De acordo com o boletim de ocorrência, pessoas que estavam próximas à agência viram dois carros pretos, um Fiesta e um Gol, deixarem o local em alta velocidade. Próximo aos caixas, policiais militares encontraram uma chave de fenda deixada na área dos terminais. Além desses equipamentos, a entrada da agência e a porta giratória do banco foram atingidas.
Os bancários estão em plena campanha salarial e entre as reivindicações da categoria estão a alteração da lei 7102/83 sobre os mecanismos de segurança bancária. “Queremos que pelo menos três desses mecanismos sejam exigidos: que as portas giratórias sejam colocadas antes do autoatendimento; a manutenção de dois vigilantes e mais um almocista; e implementação de câmeras de segurança ao redor das agências”, salienta Abrahão.
De acordo com o diretor, o investimento na segurança bancária é pífio em relação ao lucro dos bancos. Do lucro de R$ 50,7 bilhões em 2011, os cinco maiores bancos investiram apenas R$ 2,6 bilhões em segurança, o que significa 5,2% na comparação com os lucros. “Isso mostra que os banqueiros se preocupam apenas com seu lucro e se esquecem da segurança do seu maior tesouro que são os clientes e funcionários”, enfatiza Abrahão ao explicar ainda que na base de cobertura do Sindicato, que conta com a cidade de Piracicaba e outros 20 municípios, existem 150 caixas eletrônicos que não contam com a mínima segurança.
VIOLÊNCIA
No primeiro semestre de 2012, 27 pessoas foram assassinadas em todo País, 17,4% superior que no mesmo período de 2011, onde foram 23 mortes. Dessas mortes 56% eram clientes, 18% vigilantes, 11% transeuntes, 11% policiais e 4% bancários.
O estado de São Paulo lidera o ranking com o maior número de ocorrências, sendo 1591 fatos, entre 959 arrombamentos e 632 assaltos. Sobre saidinha de bancos foram 16 ocorrências em 2011 contra 14 ocorrências nos seis primeiros meses de 2012, uma variação negativa de 12,5%. Quanto ao assalto em agência foram registrados três em 2011 contra seis até julho de 2012, 100% a mais que no ano passado.
TENTATIVA FRUSTADA
No início deste mês, um caixa do banco Santander, instalado na Santa de Casa de Piracicaba, também foi alvo de bandidos. Eles instalaram uma bomba no local, mas que só explodiu com a chegada do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar).
Na época a dirigente sindical e integrante do Conseg (Conselho de Segurança Comunitária), do 1º DP, Hereunice Aparecida da Silva Parizoto, o Sindicato ratificou a preocupação de caixas eletrônicos fora das agências bancárias. “Tal procedimento já ocorreu na Cooperativa e a repetição desse fato comprova o perigo da instalação desses caixas”, informou na época.
O Sindicato se preocupa com a segurança dos bancários e dos clientes, enquanto os bancos se preocupam com a rentabilidade. Por mais que esse tipo de equipamento ofereça comodidade aos clientes ele traz mais problemas que soluções, pois a ação marginal fica mais evidente.
O Sindicato dos Bancários fortalece a ideia de que a instalação de uma agência tem que ser precedida das normas de segurança determinadas pela Polícia Federal. “Só desta forma o nível de segurança poderá dificultar a ação dos bandidos”.
Fonte: Seeb Piracicaba
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