
Representantes dos trabalhadores atuarão para reverter medidas que já foram aplicadas
A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou na noite desta terça-feira (03) que irá suspender o processo de reestruturação que vinha sendo realizado desde o dia 10 de março pelo banco. A informação é da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (FENAE).
“Não há cronograma ou definições para outras etapas do Caixa + Forte que alcancem centralizadoras e filiais”, garante o e-mail enviado pela instituição à Coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Matheus.
De acordo com a mensagem do banco, a intervenção realizada pela instituição até o momento teve como prioridade a reestruturação da Matriz (já concluída) e também das filiais de Retaguarda, de Pessoas, de Promoções Comerciais e de Marketing e Comunicação, ocorridas agora em maio. Ainda conforme o comunicado, 653 empregados foram realocados, entre 09 de março e 15 de abril; Na Matriz, a reorganização resultou na redução de 532 postos de trabalho.
“A manifestação da CEF é o reconhecimento de que a reestruturação nos moldes em que foi implementada constitui um equívoco. Insistimos que o trabalhador precisa ser ouvido para que as mudanças sejam realizadas na direção correta”, avalia o representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) na CEE/Caixa, Carlos Augusto Silva (Pipoca), que participa em Brasília do Seminário “A Caixa é do Povo”, realizado nos dias (03) ontem e (04) hoje.
A interrupção do processo de reestruturação na CEF representa uma vitória para os trabalhadores, bastante apreensivos com as mudanças que vinham sendo impostas pela diretoria do banco e pela falta de transparência. O movimento sindical informa que a luta agora é para reverter as medidas que já foram implementadas.
Histórico
O modelo de reestruturação começou a ser elaborado no final de novembro de 2015. Em janeiro, questionada pela CEE/Caixa, a Gerência Nacional de Informações Corporativas e Negociações (GEING) disse não haver “informação oficial” sobre mudanças nas Gerências de Filia de Retaguarda de Agência (GIRET). Mas no dia 10 de março, em uma reunião curta e sem dar muitos detalhes, a presidente Miriam Belchior anunciou as medidas.
Após pedido do Sindicato dos Bancários de Brasília (DF), o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região suspendeu, em caráter liminar, a reestruturação no DF. Já a primeira grande mobilização contra o processo ocorreu em 24 de março, com a participação de empregados e entidades em todo o Brasil. Outro Dia Nacional de Luta foi realizado em 12 de abril. Dois dias depois, na mesa de negociação permanente, os representantes dos trabalhadores criticaram a forma como tudo foi conduzido. Durante esse período, várias outros sindicatos entraram contra ações na Justiça contra as medidas.
Fonte: Com informações da Agência Fenae
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