
Representantes dos trabalhadores aproveitaram a apresentação do banco para relatar as reclamações dos bancários que estão participando do projeto-piloto
Nesta quinta-feira ((17), a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco para debater o Gera, programa de remuneração variável do banco que substitui o Agir.
Em um primeiro momento o banco realizou a apresentação do programa, que está em fase de testes em agências de Guarulhos (SP) e do Rio de Janeiro.
Gera
O Gera aborda pilares como autonomia, reconhecimento, simplificação e colaboração. Seu pagamento é mensal e semestral. No mensal são consideradas a produção do funcionário e a satisfação do cliente e no semestral é variável considerando a questão financeira e a satisfação do cliente.
Para o Itaú, o Gera é um Programa melhor que o AGIR, porém os representantes dos trabalhadores avaliam que as metas pioraram e se tornaram inatingíveis, o que resulta muitas vezes no aumento do assédio moral, das demissões e nos afastamento médicos. “O programa pode ser melhor, mas é preciso haver equilíbrio na cobrança das metas e levar em consideração o momento atual enfrentado, que reflete significativamente no ambiente bancário", explica o secretário geral da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), Reginaldo Breda.
Metas
De acordo com a Feeb, a cobrança das metas, assim como a reestruturação que altera as funções dos funcionários, tem gerado exaustão para a categoria, que dentre as funções acumuladas estão: aprender, executar, bater meta e atender o cliente.
Durante a reunião o movimento destacou a situação nas agências pequenas, que com a ausência do GA ou do líder de negócio, cabe ao GGA a função de operacionalizar a agência, temporizar os cofres, abastecer os caixas eletrônicos, contar o numerário oriundo dos diversos caixas eletrônicos da agência, além de entregar a meta do VAI (vendas atendimento Itaú) e ainda entregar a grave do Gera.
A técnica de treinamento adotada também foi contestada, uma vez que coloca o trabalhador em risco ao obrigá-lo a estar na maior parte do tempo ao lado do colega de trabalho. "Chamada de técnica carrapato, o modo de aprendizado adotado vai contra as medidas de distanciamento e coloca em risco a vida do funcionário", destaca Breda.
Senha
Um outro problema apresentado pelos bancários são as senhas que os clientes têm que pegar para serem atendidos que são por segmento e quando não há ninguém para ser atendido, os bancários da área operacional precisam realizar a função. A COE relatou, ainda, as denúncias sobre o aumento das metas de abertura de contas e de renegociação.
Por fim, foi ressaltado pelo movimento sindical que o plano de metas e mudanças realizadas pelo banco não deveriam ser discutidas em meio à pandemia. “Tendo em vista o momento crítico que estamos enfrentando, a pauta prioritária deveria ser a vida dos bancários e clientes”, pontua Breda.
O banco se comprometeu a marcar uma nova reunião para responder as demandas apresentadas nesta quarta.
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