Reivindicação foi reforçada na última sexta-feira (30)
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú cobrou na última sexta-feira (27), o fim das demissões e do fechamento de agências. De acordo com os representantes dos trabalhadores, o processo de demissões tem refletido na sobrecarga de trabalho, no adoecimento dos trabalhadores e na dificuldade de realocação no mercado de trabalho. O movimento sindical também reforçou, em reunião, o prejuízo gerado aos clientes. “Os atendimentos ficam precários em razão da falta de trabalhadores e da sobrecarga das bancárias e bancários em atividade. É uma situação que afeta a todos, desde o trabalhador, até os clientes e a própria economia”, explica Reginaldo Breda, secretário geral da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul e representante da instituição na COE Itaú.
Números
Somente em 2022 foram encerradas 211 agências, sendo 108 delas em São Paulo. A representação dos trabalhadores considera os números assustadores e injustificáveis, tendo em vista os lucros obtidos pelo banco em 2021, que resultou em crescimento de 45% em relação a 2020 e garantiu um lucro de R$ 26,9 bilhões ao Banco.
“Diante de todo o contexto da economia do país e das dificuldades enfrentadas em um período pós-pandemia, onde a doença ainda está presente, contaminando e impactando a vida de muitos brasileiros com sequelas físicas, psicológicas ou financeiras, o mínimo que os bancos devem fazer para reverter essa situação é manter a responsabilidade social com seus funcionários e com a população”, reforça Breda.
Banco de horas negativas
Durante a reunião os representantes apresentaram, também, a situação atual do banco de horas negativas. O prazo para a compensação foi prorrogado por mais seis meses, com final até 28 de fevereiro de 2023. O banco se comprometeu a voltar a negociar a situação de alguns trabalhadores, principalmente os de oito horas, que não conseguirem compensar.
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