Representante da Feeb SP/MS, Lourival Rodrigues, presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas participa do 6º Congresso da UNI Global

31.08.2023

Evento aconteceu na Filadélfia Union entre os dias 27 e 30 de agosto e reuniu a presença de líderes sindicais de 150 países   Delegação brasileira no 6º Congresso da UNI Global Union, na Filadélfia O 6º Congresso da UNI Global Union, realizado na Filadélfia, Estados Unidos, entre os dias 27 e 30 de agosto, […]

Evento aconteceu na Filadélfia Union entre os dias 27 e 30 de agosto e reuniu a presença de líderes sindicais de 150 países

 

Delegação brasileira no 6º Congresso da UNI Global Union, na Filadélfia

O 6º Congresso da UNI Global Union, realizado na Filadélfia, Estados Unidos, entre os dias 27 e 30 de agosto, contou com a participação de representantes sindicais do Brasil, inclusive o dirigente Lourival Rodrigues, presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas.

Além da programação, a comitiva brasileira participou ativamente da manifestação em rua na Filadélfia, uma das atividades do 6º Congresso Mundial da UNI Global Union.

Mais de 1,2 mil líderes sindicais de 150 países, participaram do encontro com o lema Rising Together (“Levantando Juntos”, em tradução livre), que incluiu entre os debates a abordagem sobre como ampliar a articulação global pelo fortalecimento sindical. Entre os eixos centrais das discussões estiveram organização e negociação coletiva, economia global inclusiva, direitos humanos, democracia e justiça racial, crise climática e saúde e segurança.

Representante da Feeb SP/MS, Lourival Rodrigues, presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas e secretário jurídico da Contraf Cut no 6º Congresso da UNI Global Union

Temas como igualdade para mulheres; combate à desigualdade, ao racismo e a qualquer forma de discriminação; defesa da previdência pública e de empregos dignos na era digital; direitos dos jovens; paz mundial e sociedade ambientalmente responsável, também estiveram em pauta.

Durante as programações também foram definidas a pauta de luta e a nova diretoria da UNI Global Union, que terá o australiano Gerard Dwyer como presidente para o próximo período de quatro anos.

Lourival Rodrigues destacou a relevância do evento e da presença da força sindical brasileira. “Questões cruciais que os trabalhadores enfrentam nos cinco continentes foram debatidas. Estivemos reunidos com trabalhadores de 150 países representados. Em torno do tema crescendo juntos, o evento fortaleceu a importância de estarmos cada vez mais unidos e pensando juntos em alternativas e saídas para o movimento dos trabalhadores a nível mundial”, explicou o dirigente.

A amplitude da visão e a perspectiva de mobilização mundial também foram ressaltadas pelo representante. “As lutas que os trabalhadores das Filipinas, por exemplo, enfrentam são as mesmas enfrentadas na Argentina e aqui no Brasil, por isso a importância de nos unirmos para enfrentarmos com mais consistência e força desafios como o avanço tecnológico que vem criando barreiras, demitindo pessoas, e outros tantos temas cruciais para o sistema financeiro mundial. Nossa união é fundamental para crescermos juntos e combater questões que afetam trabalhadores de diversos continentes”, destacou Lourival.

Também representaram os trabalhadores no evento, Lourenço Prado, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec), e Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

“Parabéns a todos pela representação dos trabalhadores em nível mundial. Temos que estar cada vez mais dispostos a nos unirmos em prol do fortalecimento das bandeiras em defesa do trabalho, dos direitos do trabalhador, da democracia e de nações mais justas e igualitárias para todos”, parabeniza o presidente da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, David Zaia.

Mensagem do presidente Lula

O presidente da república do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, enviou uma mensagem que foi lida no dia do encerramento, durante o painel “Paz, democracia e direitos humanos”, pela presidente da Contraf Cut, Juvandia Moreira. “Com vocês me sinto em casa. Não na minha casa brasileira, onde todos falam português e temos a mesma cultura. Mas uma casa maior, que acolhe a todos e onde nos entendemos em espanhol, inglês, coreano, árabe ou tantos outros idiomas. A verdade é que temos, no fundo, a mesma linguagem. A linguagem do trabalhador. E é ela que expressa a luta das pessoas oprimidas. É ela que entoa canções de igualdade, embala sonhos de uma vida digna e de um futuro melhor”.

O presidente também manifestou indignação com o fato de 635 milhões de pessoas passarem fome no mundo, enquanto as nações mais ricas gastam com guerras e defendeu que os recursos da humanidade sejam “aplicados para defender a vida, combater a fome e reduzir as desigualdades”.

“As nações mais pobres do mundo precisam contar com investimentos que gerem empregos de qualidade e libertem seus povos da fome e da miséria. Precisam de indústrias limpas, de agricultura de baixo carbono. São os países pobres que abrigam as soluções para a crise climática. Neles estão as grandes florestas e o potencial de geração de energia sustentável. Financiar esses países é financiar o próprio futuro da humanidade. Do mesmo modo, é urgente fortalecermos o poder de negociação da classe trabalhadora”, defendeu na mensagem.

Com relação aos desafios específicos do trabalho no atual momento da economia o presidente ressaltou. “Em uma economia digital, não podemos permitir que relações de trabalho sejam precarizadas para beneficiar apenas gigantes da tecnologia, que se colocam acima das regulações nacionais. Não podemos admitir que algo que poderia ser tão democrático como a internet se transforme em uma grande máquina de gerar poucos bilionários, à custa de milhões de pessoas vivendo em relações informais de trabalho, sem direitos”, avaliou.

O meio ambiente também foi defendido. “O planeta não aguenta mais a pressão ambiental. E a humanidade não aguenta mais a opressão alimentada pela cobiça de uma pequena parcela que tudo tem, tudo pode e nada quer dar em troca. Que esse congresso aumente a força de nossa luta. Viva a todos os homens e todas as mulheres trabalhadoras do planeta”, concluiu

Conferências

O 6º Congresso acontece após a Conferência Mundial da UNI Finanças, que aconteceu no dia 24, e a 6ª Conferência Mundial de Mulheres, nos dias 25 e 26 de agosto, o que reflete o compromisso da entidade em abordar não apenas questões trabalhistas, mas também a inclusão de mulheres em todos os níveis socias.

Programação

Na Conferência da UNI Finanças, o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, fez uma apresentação sobre a digitalização do sistema financeiro, com detalhes do caso brasileiro.

Na segunda-feira (28), ocorreram dois debates: “Equidade de direitos para mulheres através da negociação coletiva” e “Campanha Amazon”, sobre a experiência da organização mundial dos trabalhadores da Amazon, empresa que mundo afora age contra o sindicalismo e os direitos dos trabalhadores.

No dia 29 também ocorreram os debates “Mudar as regras para uma economia justa e inclusiva”, “Juntos contra a desigualdade, o racismo, e a discriminação”, “Segurança e saúde” e “Trabalho digno na era digital”.

Na quarta-feira (30), último dia do evento, os temas foram “Paz, democracia e direitos humanos”, “Mudar as regras para responsabilizar as empresas” e “Unidos por um mundo sustentável”; e “Juventude”.

A UNI Global Union

A UNI Global Union representa mais de 20 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo. Com sindicatos de diversos setores, atua para criar um ambiente justo e seguro para a força de trabalho global, promovendo debates e ações conjuntas para enfrentar os desafios do século XXI.

Feeb SP/MS, com informações Contraf Cut

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