BB e Caixa reduziram taxas em mais da metade de março a outubro; demais instituições bancárias fizeram alterações mais tímidas
A estratégia do governo de forçar uma redução nos juros dos bancos privados cortando as taxas dos bancos públicos teve sucesso parcial.
Levantamento a partir de dados do Banco Central mostra que os maiores bancos privados não acompanharam o ritmo de redução dos juros dos bancos públicos em todas as linhas de crédito.
O caso mais gritante é o do cheque especial, no qual a diferença entre as taxas das instituições públicas e privadas ficou muito maior em outubro do que nos últimos dias de março.
Foi em abril que o governo deu início à guerra dos juros, pressionando Banco do Brasil e Caixa a realizar cortes mais ousados nas taxas.
De março a outubro, BB e Caixa reduziram as taxas em mais da metade (cerca de 85 pontos percentuais cada um), enquanto os maiores privados -Bradesco, Itaú, Santander e HSBC- fizeram cortes bem mais tímidos, na faixa dos dez pontos percentuais.
Com isso, a diferença entre a menor e a maior taxa média praticada no cheque especial por esses seis bancos mais que dobrou, de 73 para 151 pontos percentuais.
No caso do crédito pessoal, Itaú e Bradesco fizeram cortes maiores que os bancos públicos em pontos percentuais. Porém, como BB e Caixa já tinham taxas bem menores, permaneceram com o menor custo.
Já a linha de financiamentos para veículos é a que apresenta mais semelhança entre as seis instituições.
Na avaliação do vice-presidente da Anefac (associação de executivos de finanças), Miguel de Oliveira, a grande diferença entre as taxas do cheque especial ocorre porque há menos concorrência nessa linha, que está diretamente atrelada à conta bancária do consumidor.
Já no caso do financiamento de veículos, por exemplo, o consumidor não precisa ser correntista para adquirir o empréstimo, observa.
"Para ter uma taxa menor no cheque especial, a pessoa tem que mudar de banco."
O economista Wermerson França, da consultoria LCA, observa que os bancos privados costumam anunciar redução nas bandas de juros (taxas mínimas e máximas da linha), mas isso não significa que eles estão efetivamente praticando as menores taxas.
Fonte: Folha de S.Paulo
Notícias Relacionadas
BB realiza nova eleição para Caref a partir de sexta (7); Feeb SP/MS apoia Selma Siqueira
Primeira votação foi anulada por problemas técnicos; nova eleição ocorre de 7 a 13 de fevereiro A Comissão Eleitoral, responsável pelo processo de escolha da Conselheira ou Conselheiro de Administração Representante dos Funcionários do Banco do Brasil (Caref), anulou a votação que ocorreu entre 22 e 31 de janeiro por razões técnicas. Com isso, um […]
Leia maisApós mesa de negociação, BB apresenta avanços
CEBB enviou ofício ao banco cobrando manutenção dos salários Depois da mesa de negociação realizada na tarde de sexta-feira (31), o Banco do Brasil anunciou que 3.407 funcionários continuarão atuando e recebendo a comissão de caixa. A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) destacou que essa conquista é resultado da forte […]
Leia maisCaixa: Em que pé estão as negociações para caixas e tesoureiros
CEE se reúne, analisa o tema e cobra mesa de negociação com o banco A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal se reuniu na terça-feira (21), para tratar de diversos assuntos de interesse das empregadas e empregados do banco. Dentre eles, a negociação pendente desde a Campanha Nacional dos Bancários de 2024, […]
Leia mais