
Brasília, Campo Grande e São Paulo tiveram as maiores altas, segundo levantamento
A cesta básica no mês de setembro ficou mais salgada para as famílias de 11 cidades brasileiras. De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA), publicada nesta quarta-feira (6) pelo Departamento Intersindical de Estatísticas Socioeconômicas (DIEESE), a cidade de Brasília registrou alta de 3,88%, seguida por Campo Grande e São Paulo, que registraram aumento de 3,53%.
O estudo considera 17 capitais brasileiras. Em 6 delas, as cestas não registraram alta nos valores.
A cesta considerada pelo levantamento é composta por 13 produtos alimentícios em quantidades suficientes para garantir, no período de um mês, o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta. Os bens e quantidades estipuladas foram diferenciados por região, de acordo com os hábitos alimentares locais.
Em valores absolutos, as três cestas mais caras são, respectivamente, São Paulo (R$673,45); Porto Alegre (R$ 672,39) e Florianópolis (R$ 662,85).
Já a relação entre o custo da cesta básica e o salário mínimo líquido, que considera o desconto previdenciário de 7,5%, o estudo revela que os paulistas remunerados pelo piso nacional comprometeram 66,19% do salário na compra de alimentos básicos. Em Campo Grande, esse percentual corresponde a 62%. A média nacional é de 56,5%.
Para Reginaldo Breda, secretário-geral da FEEB-SP/MS, a alta dos preços é consequência direta do aumento da inflação e atinge diretamente o poder de compra do s trabalhadores. "Isso mostra como a inflação reduz o poder de compra do trabalhador, uma vez que a alta dos alimentos corrói o poder de compra das famílias, que muitas vezes precisam optar em fazer rodízio de contas para manter a alimentação básica. Essa situação se agrava com a pandemia, uma vez que novos hábitos são inseridos no cotidiano das pessoas", afirma.
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) é um levantamento contínuo dos preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais. A PNCBA foi implantada em São Paulo em 1959, a partir dos preços coletados para o cálculo do Índice de Custo de Vida (ICV) e, ao longo dos anos, foi ampliada para outras capitais. Hoje, é realizada em 17 Unidades da Federação e permite a comparação de custos dos principais alimentos básicos consumidos pelos brasileiros.
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