
De acordo com o Boletim Emprego em Pauta, elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o número de desligamentos por morte de trabalhadores com carteira assinada cresceu 71,6% na comparação entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021. Conforme o movimento sindical, em números, a porcentagem representa um aumento de 13,2 mil em 2020 para 22,6 mil em 2021. Considerados os dados só da categoria bancária, o número é ainda maior, tendo saltado de 55 no primeiro trimestre de 2020 para 152 no mesmo período de 2021, o que representa um crescimento de 176,4%.
“Os números refletem a gravidade do problema e a urgência em detê-lo. A categoria está totalmente exposta e vulnerável ao vírus, uma vez que o trânsito de diferentes pessoas no ambiente bancário é alto. Mesmo com medidas de proteção, o risco ainda é alto e a vacinação é essencial para a garantia da segurança dos funcionários e clientes”, explica Jeferson Boava, presidente da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Dados
O Dieese destaca ainda o aumento de mortes de profissionais da saúde nos três primeiros meses de cada ano. A morte de médicos cresceu 204%, partindo de 25 para 65. Enfermeiros, 116%, de 25 para 54. Mas destacam-se também a morte de profissionais de educação (106,7%), de informação e comunicação (124,2%) e eletricidade e gás (142,1%).
O estudo foi elaborado a partir de dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) sobre o mercado formal de trabalho divulgados pelo Ministério da Economia. O Dieese analisou as informações sobre os cancelamentos de contratos de trabalho celetista ocasionados por óbito do trabalhador entre janeiro de 2020 e março de 2021. Foram comparados os dados do primeiro trimestre de 2020, que não teve impacto muito significativo da pandemia, com o primeiro trimestre de 2021, marcada pelo auge da segunda onda da covid-19 em março.
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