Domingo (28) é Dia Internacional de Combate à LER/DORT

27.02.2021

No próximo domingo (28) será o Dia Internacional de Combate às Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados do Trabalho (DORT). A data é lembrada há 20 anos com o objetivo de chamar a atenção para este adoecimento que atinge muitos brasileiros a cada ano. Mas você sabe o que é a Ler? […]

No próximo domingo (28) será o Dia Internacional de Combate às Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados do Trabalho (DORT). A data é lembrada há 20 anos com o objetivo de chamar a atenção para este adoecimento que atinge muitos brasileiros a cada ano.

Mas você sabe o que é a Ler?
A LER (Lesão por Esforço Repetitivo) não é propriamente uma doença. É uma síndrome constituída por um grupo de doenças – tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias –, que afeta músculos, nervos e tendões dos membros superiores principalmente, e sobrecarrega o sistema musculoesquelético. Dentre os problemas desencadeados por esse distúrbio estão dor e inflamação que podem alterar a capacidade funcional da região comprometida. A prevalência é maior no sexo feminino.

A síndrome também é chamada de DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), LTC (Lesão por Trauma Cumulativo), AMERT (Afecções Musculares Relacionadas ao Trabalho) ou síndrome dos movimentos repetitivos.

Causas
As causas consistem em mecanismos de agressão, que vão desde esforços repetidos continuadamente ou que exigem muita força na sua execução, até vibração, postura inadequada e estresse.

Entre as profissões de maior risco estão pessoas que trabalham com computadores, em linhas de montagem e de produção ou operam britadeiras, assim como digitadores, músicos, esportistas, pessoas que fazem trabalhos manuais, por exemplo tricô e crochê, entre outras.

Opinião
De acordo com a médica e pesquisadora em Saúde do Trabalhador, Maria Maeno, no período da pandemia, pode se observar uma ampliação nos casos de Ler. “Apesar de proteger do vírus é preciso ter atenção durante as atividades de home office. É comum ouvirmos relatos sobre metas crescentes, que continuam a vigorar e jornadas sem limites.

Para cumprirem o trabalho, muitos enfrentam espaços domiciliares apertados, mobiliário e equipamentos inadequados, problemas nos sistemas informatizados e internet ruim. Além do agravamento de alterações de sono, episódios depressivos, crises de ansiedade e exaustão, as pessoas passaram a se queixar de dores nos membros superiores e coluna”, explica a médica.

De acordo com a especialista, todo cuidado deve ser tomado com o uso de equipamentos adequados para que não haja um número maior de casos.

Para a Federacao dos Bancarios dos Estados de Sao Paulo e Mato Grosso do Sul, os sindicatos devem ser vistos como um instrumento de luta e construção de um mundo do trabalho que se leve em conta o ser humano e seu bem estar.

Temos garantido através de acordos especificos com os bancos, equipamentos adequados para o trabalho em home office. É muito comum ver funcionários protelarem os tratamentos por medo de perder o emprego. Essa situação agrava ainda mais o caso. Nossa orientação é para que procurem tratamento adequando o quanto antes, de modo que não comprometa a saúde da bancária e do bancário ainda mais”, reforça Gustavo Moreno Frias, diretora para assuntos de Saúde e representante da Federação dos Bancários dos Estados de Sao Paulo e Mato Grosso do Sul.

Conforme dados da Fundação Jorge Duprat Figueiredo (Fundacentro), em 2019 39 mil trabalhadores foram afastados do trabalho devido a esse tipo de adoecimento.
 

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