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Congresso defende empresas públicas e fortalece luta pela democracia e soberania nacional
Empregados da Caixa Econômica Federal estiveram reunidos no 37º Congresso Nacional dos Empregados realizado no último sábado (7).
Dentre as pautas definidas durante a programação que ocorreu remotamente, em todo o país, estão o calendário de atuação específica da categoria em defesa da Caixa Econômica Federal e do seu quadro de pessoal.
“Saímos fortalecidos de mais um Congresso Nacional. Neste que é um período fundamental para que empregados de todo o Brasil estejam unidos em prol da defesa das empresas públicas e pautados na luta pelo emprego, pelos direitos do trabalhador e nas convicções da importância de cada um para mudar o cenário nacional e combater os ataques que a nossa democracia tem sofrido. Temos certeza de que juntos, mais uma vez, chegaremos a grandes e importantes resultados para a maioria”, defende Carlos Augusto Pipoca, empregado da Caixa, membro da Comissão dos Empregados da Caixa e representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
O Congresso também foi decisivo para a aprovação da resolução pela mobilização e participação nas atividades do Dia Nacional de Luta e Paralisações contra a PEC 32, que altera disposições sobre servidores, empregados públicos e organização administrativa.
“Com a desculpa de promover uma ‘reorganização’ da administração pública, a PEC 32 ataca diretamente os funcionários públicos e seus direitos, além de ser prejudicial aos serviços públicos oferecidos à população brasileira”, enfatiza Pipoca.
O Dia Nacional de Luta foi definido para o próximo dia 18 de agosto.
Durante o Congresso, empregados e representantes do movimento sindical enfatizaram a importância da união dos empregados na luta em defesa das empresas públicas e da soberania nacional.
Além dos ataques aos empregados da Caixa, os debates ressaltaram outros ataques sofridos pela classe trabalhadora do país, como exemplo a aprovação pela privatização dos Correios, realizada na última semana pela Câmara dos Deputados. Assim como ataques do governo à Eletrobras, à Petrobras, ao Banco do Brasil e demais bancos públicos, todos, de acordo com a categoria, “na mira deste governo que quer dar a troco de bananas tudo o que é público”.
Saúde e a pandemia
Ataques aos planos de saúde dos empregados e o desrespeito ao trabalhador que foi linha de frente durante o atendimento à mais da metade da população para o pagamento do auxilio emergencial, também foram debatidos.
Homenagem
O 37º Conecef prestou homenagem ao ex-presidente da Fenae; do Sindicato dos Bancários de Curitiba e da APCEF/PR, Pedro Eugênio. Jornalista por formação, lutador social por vocação, Pedro Eugênio entrou para a Caixa em 1982. Foi presidente da APCEF/PR. Fez parte da coordenação nacional em defesa da Caixa e esteve na Fenae entre 1999 e 2014, sendo presidente entre 2008 e 2014.
Após a aposentadoria, criou o Instituto Datagenio, canal nas redes sociais para informar ou denunciar decisões que afetassem a Caixa pública ou seus empregados. Pedro Eugenio deixou um rico legado de mais de 30 anos para a Caixa pública e social, contra a retirada de direitos de seus empregados. Pedro Eugenio presente!
Moções e resoluções aprovadas
Durante a programação foram aprovados por delegadas e delegados presentes, um conjunto de moções e resoluções, que reforçam a defesa da democracia e da organização sindical.
Dentre elas, a resolução em defesa da conselheira Rita Serrano e da sua participação ampla no Conselhos Administração da Caixa. A classe enfatizou que perseguição, assédio, atitudes de desqualificação e criminalização de representantes da categoria não serão aceitas.
Uma moção em defesa da saúde dos empregados e das empegadas da Caixa também foi aprovada. De acordo com os representantes, uma decisão fatal foi tomada quando, de forma unilateral, a direção da Caixa decidiu encerrar as negociações do GT Saúde Caixa. “Não é certo que o governo se utilize do poder para definir como as pessoas devem viver, sobreviver e também morrer”, pontua Pipoca.
Uma moção em defesa dos participantes da Funcef também foi aprovada.
Outra aprovação foi da moção em defesa dos Correios na luta contra a privatização. “Os Correios representam a presença do Estado e dos serviços públicos em todas as regiões do país, defendê-los também está entre os deveres fundamentais”, destaca.
Por fim, também foi aprovada durante o congresso uma moção de repudio ao Pedro Guimarães e à direção da Caixa, por manter os trabalhadores dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul sem a garantia plena dos seus direitos por adotar o Verocard, Greencard nesses estados.
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