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Metas abusivas, saúde do trabalhador e atual conjuntura foram temas do Encontro
Bancários participaram nesta terça-feira (03) do Encontro Nacional de Trabalhadores do Banco Bradesco. O Encontro trouxe em sua programação assuntos como Saúde do Trabalhador, Segurança Bancária, Balanço do Banco, Teletrabalho, Auxílio Educacional e atual conjuntura do país.
A Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul contou com a participação de vários dirigentes sindicais, entre eles, Edilson Julian e Lourival Rodrigues, membros da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Bradesco.
“O Encontro foi fundamental para definirmos a nossa estratégia de luta para reivindicações como a defesa pela garantia do emprego, a Saúde do trabalhador, Auxílio Educacional principalmente para ensino superior e pós graduação, entre outros”, explica Lourival Rodrigues.
Atual conjuntura
A programação incluiu palestra sobre o tema: “O Brasil que queremos”, ministrada pela presidente da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.
“Nós temos que discutir o Brasil que a gente quer, para pensar numa solução para este mundo que está tão doente. É importante falar do geral, para depois falarmos do específico. Olhando o geral para saber como vamos atuar por banco”, salientou Juvandia, que também é funcionária do Bradesco.
“Os desafios são muitos e o Encontro tem o objetivo de pontuar cada um deles e fortalecer estratégia de luta e determinação pelos direitos dos trabalhadores”, explica o representante da Feeb SP/MS na COE Bradesco, Edilson Julian.
Saúde
A segunda mesa do dia trouxe a Saúde do Trabalhador como tema. A apresentação foi ministrada pelo secretário da Saúde do Trabalhador, Mauro Salles.
De acordo com o representante sindical, o tema ganhou ainda mais importância diante do cenário da pandemia. “Após decretada pandemia e o vírus tomar conta do Brasil, o Comando Nacional dos Bancários correu para negociar com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para proteger a categoria”, explica. De acordo com o representante, dentre as conquistas alcançadas no período estão o rodízio dos funcionários, home office para metade da categoria, garantia de emprego e dos protocolos no ambiente bancário e de atendimento. Esses cuidados se mantêm, pois, a pandemia não acabou. Outro movimento que a gente fez, foi vacina para todos e prioridade para os bancários”, esclarece.
O secretário de Saúde do Trabalhador também ressaltou que a pressão pela volta dos bancários vacinados. “O acordo que tivemos com a Fenaban é que não haverá volta sem negociar os critérios, com um protocolo único mínimo de procedimento. Temos que continuar protegendo os trabalhadores de riscos à sua saúde”, pontua.
A pressão do banco por metas também foi ressaltada durante a apresentação. “Mesmo no período da pandemia e com trabalhadores em home office houve pressão pelas metas, o que causou um impacto muito forte na saúde do trabalhador”, explica. Afastamento por doenças psíquicas, assedio moral e aumento de casos de Ler/ Dort também foram destacados e estão entre as causas do trabalho excessivo.
Segurança
Sobre a Segurança Bancária falou o coordenador do Coletivo de Segurança Bancária da Contraf-CUT, Elias Jordão, que lamentou o investimento dos bancos em novos modelos de agências, as chamadas agências de negócios, sem portas de segurança. “Eles argumentam com as quedas nas estatísticas de crimes, pela digitalização e virtualização do dinheiro. A Polícia Federal, mesmo com a nossa pressão, tem autorizado o plano de segurança em agências que não circulam o numerário”, lamenta.
Outros
A programação inclui ainda apresentação feita pelo Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, sobre o balanço do banco. Para finalizar, o tema Teletrabalho foi abordado em palestra ministrada pela coordenadora da COE Bradesco, Magaly Fagundes.
A importância na participação dos bancários e dirigentes nas redes sociais em ações de tuitaço também foram reforçadas durante o Encontro.
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