Protestos destacaram fechamento de agências, mil demissões, metas abusivas e assédio moral e digital

A Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) e seus sindicatos filiados participaram nesta terça-feira (14) do Dia Nacional de Luta dos trabalhadores do Itaú, mobilização convocada pelo movimento sindical bancário em resposta à política de gestão do maior banco privado do país.

Durante todo o dia, foram realizadas ações nas redes sociais, atividades presenciais, paralisações em agências e diálogo com bancárias, bancários e a população, com o objetivo de denunciar o fechamento de unidades, as demissões em massa e as metas abusivas impostas pelo banco.

Mesmo com lucros superiores a R$ 20 bilhões no primeiro semestre de 2025, o Itaú segue encerrando agências e promovendo demissões em larga escala. Somente nas últimas semanas, cerca de 1.000 trabalhadores foram desligados, intensificando a sobrecarga e o adoecimento entre os que permanecem.

As condições de trabalho tornaram-se cada vez mais precárias, marcadas por pressão constante, acúmulo de funções e cobranças excessivas por resultados. O discurso publicitário de que o banco é “feito para pessoas” contrasta com a realidade enfrentada nas agências e departamentos, onde o foco exclusivo em metas e lucro tem comprometido a saúde física e emocional dos empregados.

“O movimento sindical está empenhado em denunciar o fechamento de unidades e cobrar a inclusão de cláusulas que assegurem transparência no uso de ferramentas digitais de controle. O Itaú, que registrou lucro superior a R$ 20 bilhões, continua fechando agências e precarizando as condições de trabalho”, afirma Daniele Miyachiro, representante da Feeb SP/MS na Comissão de Organização dos Empregados (COE) Itaú.

Além do impacto direto sobre os empregados, o fechamento de agências atinge a população, especialmente em pequenas e médias cidades, ao reduzir postos de trabalho e dificultar o acesso a serviços bancários presenciais.

Com as manifestações, a Feeb SP/MS e os sindicatos reafirmam a defesa do emprego, da saúde e da dignidade da categoria, e cobram do Itaú a suspensão das demissões, a reabertura do diálogo e a adoção de políticas de valorização dos trabalhadores.

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