Representantes da categoria criticam a proposta de reajuste que não contempla a reposição da inflação nem aumento real
Na rodada de negociação realizada nesta quarta-feira (21), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) cedeu à pressão dos bancários e decidiu manter as cláusulas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), recuando das propostas de redução de direitos apresentadas no dia anterior.
Com relação à cláusula econômica, foi apresentada uma proposta de reajuste de 85% do INPC, que foi rejeitada em mesa.
Ana Stela Alves de Lima, vice-presidente da Feeb SP/MS, reforçou a posição do Comando: “Não podemos aceitar uma proposta que rebaixa salários e não leva em consideração o trabalho dos bancários, especialmente em um cenário de grandes lucros para os bancos”, declarou.
A Fenaban prometeu formular uma nova proposta após conversar com os bancos. No entanto, o Comando Nacional reiterou que os bancários não aceitarão uma proposta econômica ruim e abaixo do aumento real, como a apresentada, e criticou a ausência de melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e nos vales alimentação (VA) e refeição (VR).
O Comando Nacional dos Bancários permanece firme na defesa de uma valorização justa e igualitária para toda a categoria e seguirá negociando para alcançar avanços mais significativos.
“Mais uma vez a Fenaban vem para a mesa de negociação com uma proposta que não valoriza e nem atende às necessidades do bancário, além de ser incompatível com o que a categoria entrega para os bancos, que, mesmo em um período de crise, contribui efetivamente para o aumento dos lucros. Vamos aprovar quando de fato apresentarem uma proposta justa e que beneficie todos os bancários”, finaliza David Zaia, presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS).
A próxima mesa de negociação está agendada para terça-feira (27/08).
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