
Para agência, recessão mantém apetite dos bancos por risco em baixa.
Governo anunciou linha de R$ 83 bilhões para empréstimos.
A agência de classificação de risco Fitch vê como duvidosa a eficácia do pacote de R$ 83 bilhões anunciado na semana passada para estimular o crédito. Segundo o governo, o objetivo é estimular o nível de atividade econômica e tentar evitar um impacto maior da recessão na taxa de desemprego.
As novas linhas de crédito do pacote são voltadas para setores como infraestrutura, habitação, agricultura, exportação e pequenas e médias empresas. Parte das medidas, entretanto, ainda depende de regulamentação ou aprovação do Congresso para entrar em vigor.
"Nós duvidamos que o estímulo de crédito recentemente anunciado vai melhorar substancialmente a perspectiva de crescimento pelos empréstimos, enquanto a recessão mantém em baixa a demanda por crédito e o apetite dos bancos por risco", diz a Fitch em relatório.
Segundo a agência, o atual cenário de déficit publico em 10,3% do PIB no ano passado e o aumento de 9 pontos percentuais na dívida do governo para 66,2% do PIB vem em linha com as previsões da Fitch quando a nota do Brasil foi rebaixada para BB+ em dezembro, tirando o grau de investimento do país.
"2016 será mais um ano difícil para as finanças públicas. O governo ainda tem que implementar medidas que vão permiti-lo alcançar a meta fiscal de suprávit primário de 0,5% do PIB, de um déficit no ano passado de quase 2%. Nem o cenário político nem o econômico estão favoráveis para uma consolidação fiscal mais rápida", afirma a agência.
A previsão da Fitch é que que o Brasil encolha 2,5% este ano, e riscos de queda por fatores esternos, incluindo a queda das commodities, o encolhimento da China e a volatilidade financeira externa persistem.
Efeito limitado
O pacote de R$ 83 bilhões em novas linhas de crédito anunciado pelo governo traz um certo alívio, sobretudo para empresas com dificuldades financeiras, mas seu efeito para estimular a economia será limitado, segundo especialistas, em razão da fraca demanda por novos financiamentos como também da necessidade de aprovação do Congresso para que todas as medidas saiam do papel.
Fonte: G1
Leia também
Notícias Relacionadas
Movimento Sindical repudia decisão de juiz pelo afastamento do presidente da Previ
Representantes dos trabalhadores avaliam a decisão como de viés político e desrespeito aos processos de elegibilidade do BB e da própria Previ, aprovados por órgão regulador Nota de repúdio aos ataques à Previ A Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (Feeb) repudia decisão do juiz substituto da 1ª Vara Cível do Distrito Federal, Marcelo Gentil […]
Leia maisSão José dos Campos: Chapa 1 vence eleição para diretoria do Sindicato com 99,1% dos votos
Processo eleitoral ocorreu entre os dias 24 e 25 de maio Ocorreu nesta quinta-feira (25) a eleição do Sindicato dos Bancários de São José dos Campos e Região. A chapa “Bancário é Essencial” participou do processo eleitoral como chapa única e foi reeleita com 1.047 votos, o que representa 99,1% do total. Chapa “Bancário é […]
Leia maisAprovados em concurso de 2014 serão contratados pela Caixa
Reivindicação de novas contratações é uma das lutas do movimento sindical para redução de sobrecarga de trabalho A Caixa Econômica Federal comunicou ao movimento sindical e à Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), na noite desta terça-feira (23), que vai contratar 800 aprovados no concurso de 2014. A reivindicação por mais contratações […]
Leia mais