
Haverá mobilização na quinta-feira (21) e proposta de paralisação nacional dia 29
Bancárias e bancários do Banco do Brasil vão realizar nesta quinta-feira (21) um Dia Nacional de Lutas contra a reestruturação proposta pela direção do banco. A reestruturação prevê o fechamento de agências e outras unidades do BB, além da demissão de 5 mil funcionários. O Dia Nacional de Lutas é uma das iniciativas aprovadas nesta terça-feira (19) em reunião da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB). Também está sendo proposta uma paralisação nacional dia 29.
“Continuamos a luta contra essa reestruturação que só traz prejuízos para a população e os funcionários do Banco do Brasil. Vamos levar para os clientes do banco, para os parlamentares, prefeitos e para a população em geral os danos que a proposta da direção do banco pode provocar. Vivemos uma pandemia e eles querem demitir 5 mil pessoas, fechar agências que atendem cidades isoladas do interior, além de tentarem desmontar um banco público essencial para a economia brasileira”, disse o presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Jeferson Boava.
A CEBB decidiu fazer Dia Nacional de Lutas, nesta quinta-feira (21), com mobilização nas redes sociais, abaixo-assinado, reuniões com os funcionários nos locais de trabalho, colagens e panfletagens. O calendário de mobilizações se estende até o dia 28. “Entre 21 e 28 de janeiro, as entidades sindicais manterão as mobilizações permanentes nos locais, com plenárias, reuniões nos locais de trabalho, ações nas mídias sociais, buscando apoio da sociedade e tornar público os ataques do governo federal ao Banco do Brasil e aos seus funcionários”, explicou Boava.
A CEBB indicou para os sindicatos realizarem nesse período de mobilização assembleias de base para a decretação do estado de greve. A indicação da CEBB é que no dia 29 seja realizada uma paralisação nacional de 24 horas. No dia 29, está programada também uma atuação organizada nas mídias sociais e o uso de roupas pretas pelos funcionários.
Informações e direitos
Também será acionado o Ministério Público do Trabalho para a obtenção de informações sobre a reestruturação. “Já solicitamos ao banco informações sobre agências, locais e postos de trabalho que serão extintos. A transparência, que deveria ser norma, inexiste, por isso não restará solução que não solicitar junto ao Ministério do Trabalho mediação”, informa o presidente da Federação dos Bancários (Feeb SP/MS).
A garantia de direitos dos funcionários também é preocupação para os funcionários. “Vamos também lançar mão de ações judiciais para garantir ao bancário direitos básicos, como garantia à estabilidade financeira para quem recebe gratificação/comissão por longo período (nos termos da súmula 372/TST); manutenção do salário para quem teve o cargo renomeado, porém continua com idênticas atividades, havendo ilegalidade no rebaixamento salarial e o não desconto em conta corrente de valores relativos a bolsa de estudos”, completa Boava.
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