A greve dos bancários cresce a cada dia e hoje (26) chegou a Monte Alegre do Sul e expandiu nos Bancos privados de Serra Negra, Mogi Guaçu, Valinhos, Itatiba e Indaiatuba. No vigésimo primeiro dia, período igual a 2015, a greve atingiu 327 locais de trabalho: 165 em Campinas (área central e 20 bairros); 162 em 34 das 36 cidades que compõem a base do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região. Na última sexta-feira (23), décimo oitavo dia, a greve atingiu 306 locais de trabalho (164 em Campinas e 142 em 33 cidades). No país, a greve atingiu 13.385 agências (57% do total de agências) e 40 centros administrativos na última sexta-feira (23).
Proposta rejeitada
A última proposta dos banqueiros, apresentada no dia 9 deste mês de setembro, prevê reajuste de 7% e abono de R$ 3,3 mil. O índice não repõe a inflação acumulada entre os meses de setembro de 2015 e agosto deste ano, que foi de 9,62%. A proposta foi rejeitada pelos bancários em assembleia realizada no dia 12.
Principais reivindicações
Reajuste salarial: Reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.
PLR: 3 salários mais R$ 8.317,90.
Piso: R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação: R$ 880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
Vale refeição: R$ 880,00 ao mês.
13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 880,00 ao mês..
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Carreira: Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Segurança: Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Jairo Gimenez – Sindicato dos Bancários de Campinas e Região
Foto: Júlio César Costa (Santander Ag. Indaiatuba).
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