
A Greve Nacional dos Bancários entrou no 15º dia nesta terça-feira (20), sem qualquer sinal de nova rodada de negociação no horizonte por parte da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Por outro lado, os trabalhadores seguem resistindo, mantendo forte a mobilização, que cresce continuamente, apesar da repressão e truculência dos bancos.
Embate e resistência
Na sexta-feira (16), um dia após a última rodada, que não registrou avanços, os bancos iniciaram uma ofensiva contra a paralisação, realizando um festival de práticas antissindicais com o claro objetivo de enfraquecer a mobilização dos bancários, abrindo à força agências paralisadas e retirando cartazes e faixas das fachadas.
Nesse dia, a situação culminou num grande enfrentamento com os bancos, o que resultou na redução do número de agências paralisadas na base da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS). Na quinta-feira (15), o número de agências fechadas havia atingido 2.255 postos de trabalho, após o embate, esse número caiu para 2.015; porém, graças à resistência da categoria, ele segue crescendo e vem se recuperando, contabilizando na tarde de hoje 2.096 unidades atingidas pela greve. Pelo país, o número atinge a marca de 13.071 locais, entre agências e centros administrativos.
“Os bancos desrespeitam os bancários e a sociedade ao deixarem a greve entrar no 15º dia e se manterem calados; inclusive, quando tentam esconder o movimento retirando faixas e cartazes. Graças à truculência dos bancos, que não respeitaram a greve, o número de agências paralisadas sofreu uma redução, porém, os trabalhadores seguem firme na mobilização e os bancários sob a coordenação dos sindicatos estão restabelecendo o fechamento das unidades e, inclusive, sua ampliação”, comentou o vice-presidente da FEEB-SP/MS, Jeferson Boava.
A greve continua por tempo indeterminado, até que a Fenaban apresente proposta que satisfaça as necessidades da categoria.
Principais reivindicações
Reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização e melhores condições de trabalho, com destaque para a defesa do emprego e também das empresas públicas são algumas das principais reivindicações da categoria.
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