
Convocada pelas centrais sindicais contra as reformas da Previdência Social e trabalhista e contra a terceirização, a greve geral realizada no último dia 28 de abril contou com expressiva participação dos bancários. No centro de Campinas, mais de 30 agências e departamentos de bancos públicos e privados (Banco do Brasil, Caixa Federal, Itaú, Bradesco, Santander e Mercantil do Brasil) permaneceram fechadas durante todo o dia; em algumas agências, adesão parcial dos vigilantes. Já nas avenidas João Jorge e Norte-Sul e nos bairros Bonfim, Castelo, Guanabara, Taquaral e Sousas a greve ficou restrita aos bancos públicos. No bairro Bonfim, cabe destacar, a paralisação atingiu a agência e prédio do BB, onde estão departamentos como CSO Valores, Gepes, PSO e Escritório de Negócios.
Na região, a greve geral chegou às agências instaladas no Centro de Americana e Mogi Guaçu. E mais: nos bancos públicos de Paulínia, Nova Odessa, Hortolândia, Sumaré, Artur Nogueira e Indaiatuba.
Ato público, passeata
Em Campinas, o transporte público parou; nenhum ônibus circulou (os 11 terminais instalados na cidade permaneceram fechados); bloqueio em trechos das rodovias Santos Dumont, D. Pedro I e Zeferino Vaz; escolas e universidades públicas e privadas, fechadas; servidores de quatro agências do INSS também cruzaram os braços e não ocorreu a coleta de lixo. No Centro, além dos bancos, a maioria das lojas fechou. No final da manhã, dirigentes sindicais, trabalhadores, estudantes e integrantes de movimentos sociais realizaram ato público no Largo do Rosário e passeata pelo Centro de Campinas.
No país, o cenário não foi diferente. A greve aconteceu em todos os estados e no Distrito Federal. Segundo a CUT, a paralisação nacional contou com a adesão de mais de 35 milhões de pessoas. Como disse o cientista político Marco Aurélio Nogueira, em artigo em seu blog no Estadão Política, no mesmo dia 28, a greve “bagunçou o coro dos contentes, perturbou a “ordem” e subverteu a “normalidade”, mostrando que o sistema não controla tudo”.
Para a presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, Stela, “a unidade viabilizou a greve geral. Os bancários, mais uma vez, mostraram disposição para a luta. Em outras palavras, a classe trabalhadora deu o seu recado. Para impedir a demolição de direitos sociais, no entanto, serão necessárias novas jornadas de luta”.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Campinas e Região – Jairo Gimenez
Notícias Relacionadas
COE e GT de Saúde do Itaú se reúnem para debater problemas do banco
Dirigentes sindicais da Comissão de Organização dos Funcionários (COE) e Grupo de Trabalho de Saúde (GT Saúde) do Banco Itaú-Unibanco se reuniram ontem (6), para a discussão de pautas que serão levadas para negociação com o banco. A reunião começou com a apresentação da economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Catia […]
Leia maisSantander: Sindicatos da Feeb SP/MS participam de Dia de Luta contra demissões e fechamento de agências
Campanha em defesa aos funcionários, clientes e usuários aconteceu de forma presencial e pela internet Sindicatos filiados à Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso participaram nesta terça-feira (6) do Dia de Luta em combate às demissões e ao fechamento de agências, política adotada pelo banco Santander, que tem causado sobrecarga de trabalho, […]
Leia maisPresidente da Feeb SP/MS participa de debates sobre proteção dos trabalhadores na Organização Internacional do Trabalho (OIT)
Discussões acontecem durante 111ª Conferência da OIT, em Genebra, na Suiça O presidente da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), David Zaia, representa a União Geral dos Trabalhadores (UGT), nos debates recorrentes sobre a proteção dos trabalhadores, que ocorrem nesta semana durante a 111ª Conferência da […]
Leia mais